Tive a oportunidade de ouvir o Dr. Dirceu Paker no podcast do site irmãos.com falando a respeito de criacionismo e evolucionismo. A mesma ladainha de sempre: “segunda lei da termodinâmica”, “design inteligente”. Não assisti tudo, mas aposto que rolou aquele bom e velho argumento da “complexidade irredutível”, carbono 14 não funciona etc, etc, etc.
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Já havia assistido ao vivo a uma palestra com o Dr. Paker e não fiquei surpreso. No podcast, pelo menos, ele foi feliz em não repetir as terríveis piadinhas ofendendo corinthianos que ele não teve vergonha de proferir do alto do pupito de uma igreja.
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Você está descobrindo né? Sou um chatão quando o assunto é ciência X Fé (e futebol também!!) . Pergunte para a minha pequena, ela vai corroborar sua hipótese de que eu sou um chato, não vai nem piscar.
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Mesmo assim, não vou ficar falando que apenas uma compreensão errônea da segunda lei da termodinâmica é que faz as pessoas acharem que ela inviabiliza a evolução. Não vou ficar estudando para escrever aqui um texto longo sobre o big bang e radiação de fundo, não vou ler 10 papers da Nature sobre evolução. Sou chato, mas não cheguei nesse ponto ainda! O link to TalkOrigins está ai pra quem quiser (um belo site sem dúvida).
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Só queria comentar o que me deixa mesmo triste (e que alias eu comentei lá mesmo, no site irmãos.com). A ciência tem visto um universo que é acima de tudo, maravilhoso e livre. Uma criação cuja vasta complexidade e beleza impar não são frutos de passe de mágica, mas da própria natureza da matéria! Isso talvez pudesse levar alguns a uma visão pan-teísta. Mas seria essa natureza da matéria o fim em si mesmo? Não há algo por detrás da organização, do desenvolvimento e da vida? Ou será que podemos vislumbrar aí o Transcendente, e pela fé ter convicção de um Criador que, estando com a criação desde o principio, cria e a mantém e exerce sobre ela sua vontade de uma forma complexa e maravilhosa. Ao mesmo tempo, o Criador Amoroso dá total liberdade para a criação se desenvolver e ser tudo que Ele sabe que ela pode ser. É paradoxal, eu sei, mas duvido que Deus se importe. E é desse jeito que eu vejo sua obra aqui e agora! Pelos olhos da fé transcendemos o material.
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Bem, e tem gente que quer trocar essa maravilha toda por um universo “tirado da cartola”. Um universo “móbile”: estático, pronto e terminado. Esse móbile foi criado por um Deus que se reduz a um mágico e cuja obra só pode ser vislumbrada, em última análise, se retornarmos ao sombrio e desconhecido “abracadabra” inicial. Esse Deus mágico faz questão de só agir contra as leis naturais que ele mesmo criou, pois se não seria imperceptível, um Deus deísta.
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E aí ficamos nessa: “Como dá pra acreditar que de uma explosão saiu tanta organização?”* “Você precisa de mais fé para acreditar em evolução do que em criação”... Fico me perguntando de quê essas pessoas estão duvidando, se da ciência ou de Deus. Toda vez que eu ouço: “Não acredito que tudo isso tenha vindo de uma explosão” o que eu ouço é: “Duvido que Deus tenha sido capaz de criar tudo isso a partir de uma singularidade.”
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Michael Dowd disse que “Os fatos são a linguagem nativa de Deus”, não sei se isso é correto ou não. O que sei é que Deus não mente (Números 23:19).
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Para os que agora estão bradando: “E AS ESCRITURAS!!!”. Bem, podem me excomungar, mas não uso as escrituras para saber o peso atômico do chumbo, nem a constante gravitacional. Acho que elas são úteis para para “o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (2 Timóteo 3:16). E isso é muito mais importante do que ciência.
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Bem, já fui um chato com isso tudo por muito tempo. Se existe alguém aí do outro lado da tela interessado, dê uma olhada nos meus outros textos. Espero que quem assista ao podcast se interesse em buscar mais e aprender mais e não se contente com “eu não acredito que tudo é obra do acaso”, pois quem mais lucra com esta sorte de argumentos são os proselitistas anti-religiosos**...
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Já havia assistido ao vivo a uma palestra com o Dr. Paker e não fiquei surpreso. No podcast, pelo menos, ele foi feliz em não repetir as terríveis piadinhas ofendendo corinthianos que ele não teve vergonha de proferir do alto do pupito de uma igreja.
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Você está descobrindo né? Sou um chatão quando o assunto é ciência X Fé (e futebol também!!) . Pergunte para a minha pequena, ela vai corroborar sua hipótese de que eu sou um chato, não vai nem piscar.
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Mesmo assim, não vou ficar falando que apenas uma compreensão errônea da segunda lei da termodinâmica é que faz as pessoas acharem que ela inviabiliza a evolução. Não vou ficar estudando para escrever aqui um texto longo sobre o big bang e radiação de fundo, não vou ler 10 papers da Nature sobre evolução. Sou chato, mas não cheguei nesse ponto ainda! O link to TalkOrigins está ai pra quem quiser (um belo site sem dúvida).
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Só queria comentar o que me deixa mesmo triste (e que alias eu comentei lá mesmo, no site irmãos.com). A ciência tem visto um universo que é acima de tudo, maravilhoso e livre. Uma criação cuja vasta complexidade e beleza impar não são frutos de passe de mágica, mas da própria natureza da matéria! Isso talvez pudesse levar alguns a uma visão pan-teísta. Mas seria essa natureza da matéria o fim em si mesmo? Não há algo por detrás da organização, do desenvolvimento e da vida? Ou será que podemos vislumbrar aí o Transcendente, e pela fé ter convicção de um Criador que, estando com a criação desde o principio, cria e a mantém e exerce sobre ela sua vontade de uma forma complexa e maravilhosa. Ao mesmo tempo, o Criador Amoroso dá total liberdade para a criação se desenvolver e ser tudo que Ele sabe que ela pode ser. É paradoxal, eu sei, mas duvido que Deus se importe. E é desse jeito que eu vejo sua obra aqui e agora! Pelos olhos da fé transcendemos o material.
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Bem, e tem gente que quer trocar essa maravilha toda por um universo “tirado da cartola”. Um universo “móbile”: estático, pronto e terminado. Esse móbile foi criado por um Deus que se reduz a um mágico e cuja obra só pode ser vislumbrada, em última análise, se retornarmos ao sombrio e desconhecido “abracadabra” inicial. Esse Deus mágico faz questão de só agir contra as leis naturais que ele mesmo criou, pois se não seria imperceptível, um Deus deísta.
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E aí ficamos nessa: “Como dá pra acreditar que de uma explosão saiu tanta organização?”* “Você precisa de mais fé para acreditar em evolução do que em criação”... Fico me perguntando de quê essas pessoas estão duvidando, se da ciência ou de Deus. Toda vez que eu ouço: “Não acredito que tudo isso tenha vindo de uma explosão” o que eu ouço é: “Duvido que Deus tenha sido capaz de criar tudo isso a partir de uma singularidade.”
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Michael Dowd disse que “Os fatos são a linguagem nativa de Deus”, não sei se isso é correto ou não. O que sei é que Deus não mente (Números 23:19).
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Para os que agora estão bradando: “E AS ESCRITURAS!!!”. Bem, podem me excomungar, mas não uso as escrituras para saber o peso atômico do chumbo, nem a constante gravitacional. Acho que elas são úteis para para “o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (2 Timóteo 3:16). E isso é muito mais importante do que ciência.
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Bem, já fui um chato com isso tudo por muito tempo. Se existe alguém aí do outro lado da tela interessado, dê uma olhada nos meus outros textos. Espero que quem assista ao podcast se interesse em buscar mais e aprender mais e não se contente com “eu não acredito que tudo é obra do acaso”, pois quem mais lucra com esta sorte de argumentos são os proselitistas anti-religiosos**...
Amiguinhos, Amo vocês
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Paz de Cristo
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* Só para lembrar: big bang não foi “uma explosão”; evolução não é “obra do acaso”.
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** Opinião de uma amiga atéia (que não é "proselitista anti-religiosa"): “A crença em uma entidade criadora de tudo que tudo fez como por um passe de mágica, contradizendo toda e qualquer lei que ela mesma tenha imposto a esse universo, não faz nada mais que defender a idéia de que esse criador é ilógico e contraditório.”
* Só para lembrar: big bang não foi “uma explosão”; evolução não é “obra do acaso”.
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** Opinião de uma amiga atéia (que não é "proselitista anti-religiosa"): “A crença em uma entidade criadora de tudo que tudo fez como por um passe de mágica, contradizendo toda e qualquer lei que ela mesma tenha imposto a esse universo, não faz nada mais que defender a idéia de que esse criador é ilógico e contraditório.”