sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um natal evolucionário!

O blog está paradão, mas não está morto!
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E resolvi escrever uma coisinha no Natal!
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Um presentão de Natal que eu tenho ganhado é o "Advent of Evolutionary Christianity". Trata-se de um projeto do Reverendo Michael Dowd. Nunca lí nada do homem, mas já ouvi muitas criticas provenientes até mesmo de Cristãos evolucionistas mais conservadores, que o acusam de abraçar uma espécie de pan-teísmo à-la Carl Sagan.
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O projeto em sí é composto de entrevista feitas pelo próprio Dowd de grandes nomes no meio de ciência e fé durante todo o período do Advento. Entrevistas geniais incluem Denis Lamaroux, Brian McLaren, John Polkinghorne, Ken Miller, John F. Haught entre muitos, muitos outros.
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As entrevistas podem ser baixadas pela net AQUI. Já tive a oportunidade de ouvir algumas e achei GENIAL! Eu sinceramente recomendo, são conversas informais, que, para mim, tem sido extremamente tocantes e edificantes! Em particular as conversas com o Lamaroux e com o Brian McLaren.
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Realemente, não concordo com todas as opiniões do Dowd, mas as entrevistas são muito, muito legais! Vale a pena conferir!!


Paz de Cristo

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Palestra com Francis Collins

The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief from The Veritas Forum on Vimeo.


Uma palestra muito interessante com o Francis Collins. Onde ele, além de estar usando uma gravata muito legal e muito nerd, fala sobre como ele encontrou sua fé e como isso se relaciona com sua carreira de cientista.

OK, é um filminho looongo, mas vale mesmo a pena assistir! é bem bacana.


Paz de Cristo


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

video: Pastor Marcos Monteiro sobre as Eleições 2010

Por algum tempo eu pensei se pronunciava ou não -brevemente- minha opinião acerca dessas eleições, em particular, acerca do filmezinho do Pastor Piragine que circula na NET (pra quem ainda não recebeu 3 ou 4 emails com o videozinho encaminhado e quiser assistir, procure Paschoal Piragine no youtube).

A verdade é que fiquei até que contente! Fiquei contente com as diversas críticas e observações feitas ao filminho do Piragine. Em particular, ao fato de que tais criticas -embora não tenham feito tanto susseso quanto o próprio filme- foram bastante plurais, ou seja, adivindas de diferentes pontos do espectro politico/religioso evangélico e não apenas de 'esquerdistas' e/ou 'liberais'. Talvez eu esteja equivocado, mas a meu ver isso mostra personalidade do meio evangélico brasileiro de -a despeito de posicionamento político- não adotar a postura simplista, reducionista deu que o posicionamento Cristão na politica é ser anti-aborto, anti-gay e demonizar a esquerda. Apesar de ter sido um dos que receberam 3 ou 4 emails encaminando o video do Piragine no youtube, as críticas que ouvi (seja no tweeter; em conversas ao vivo -sim algumas pessoas ainda mantém conversas presenciais orais; ou em blogs por aí), me mostraram que Cristãos estão cientes de que "iniquidade" tem a ver com injustiça social, com abuso e corrupção e não se delimita a (ou necessariamente inclui) homossexualismo / legalização do aborto. Bem como a suspeita de todo discurso "Atenção igreja: siga minha posição política ou Deus vai te castigar".

Bem, já falei demais. Abaixo tem um videozinho bacana do Pastor Marcos Monteiro que, pelo menos pra mim, fala melhor sobre consciência política Cristã:






Paz de Cristo
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O Silas Fiorotti escreveu um breve texto acerca do video do Piragine no zine 'Disturbios Sociais', vale a pena ler e conferir os links que ele indica AQUI

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sobre as afirmações de Stephen Hawking

Eriçou minha curiosidade, nessa semana que passou, o lançamento do novo livro de Stephen Hawking, no qual, entre outras coisas, ele dispensa Deus na origem do Universo. Em meio a citações do físico mais popular da atualidade dizendo que o "porque existe uma lei como a da gravidade, o universo pode e ira criar-se a sí mesmo do nada" (tirado DAQUI, tradução livre), acabei me deparando com muita gente jogando confete, muita gente metendo o pau e muita pouca gente que tinha -de fato- lido o livro do homem. A coisa toda me deixou com a pulga atrás da orelha...
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Do que estamos falando?
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Cá eu, não sei nem o que é 'Teoria M'. Também não lí o livro do homem, e seria sabio da minha parte, talvez, me abster de escrever um post longo e maçante sobre esse assunto, atacando a ciência que eu não entendo ou defendendo minha fé de suas garras (sejam lá quais forem, exatamente, essas garras). De fato, este post não tem essa intenção e nem existiria não fossem por duas coisas: A primeira delas é que, sem muita força, eu encontrei uma porrada de textos, filminhos e links bacanas acerca de toda a controvérsia que essa história levantou. A segunda é que um colega (um desses que a gente conhece pela net), pediu minha opinião a respeito dela. Acabei achando que isso tudo daria um post legal.
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Em primeiro lugar, tem esse filminho bacana, do físico teorico Sean Carroll (não confundir com o biologo Sean B. Carroll) trocando em miudos as afirmações de Hawking acerca do universo e de Deus (que eu tirei DAQUI). Acho que esse filminho é um bom começo para essa história toda:
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O universo, então, 'se cria sózinho'. A física moderna - Stephen Hawking nos informa - mostra que o universo, obedecendo suas próprias leis, pode (ou inevitavelmente ira) 'se criar a sí mesmo' e se desenvolver até o ponto que observamos hoje. Isso -segue o argumento- não deixa nenhum espaço para a 'intervenção divina'. Sean Carroll põe as cartas na mesa: você até pode acreditar em um deus, mas trata-se de um deus que não criou nada e simplesmente não interage com o universo. Trata-se, sem dúvida, de um deus que ninguém poderia remotamente confundir com, por exemplo, o Deus das religiões abraamicas.
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Minha opinião é:
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Baseado no modelo newtoniano mecanicista, Laplace afirmou que a hípotese de Deus era inutil. Com as bases (quem sabe, mais sólidas) da relatividade e física quantica, Hawking parece chegar às mesmas conclusões. Mas acho que aí justamente está o problema. Deus, segundo O entendo -se é que entendo- não é uma hipotese cientifica, Ele É uma pessoa. Assim, minha fé não é abalada pelo fato de que não existe nenhuma 'lacuna' no mundo natural na qual Deus pareça 'caber'. Se de fato, Hawking matou de uma vez por todas o 'deus das lacunas', acho que ele fez um favor à fé Cristã. O Deus que encontramos na Bíblia (seja a percepção que os judeus tinham de um Deus de poder no AT ou a percepção de Deus de Amor recebida pelos apostolos atráves de Jesus no NT) é de alguma forma distinto do Deus 'intelectualmente satisfatório' que aparece no final de uma linha argumentativa ao qual Tomás de Aquino dava ênfase.
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O universo 'funciona sózinho'. É claro que funciona! Ele não precisa de qualquer 'gambiarra sobrenatural' para funcionar. Eu acredito que a autonomia do universo está intimamente relacionada com Deus ter descrito sua criação como 'muito boa'. Não existe (ao que tudo parece indicar) nenhum canto escuro inexpugnável e inexplicável onde uma força sobrenatural deve ter atuado para que as coisas tenham seguido seu curso, O universo é capaz de se desenvolver sózinho.
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Ao mesmo tempo, não creio que a explicação de Hawking para a 'existencia de tudo' seja completa. Acredito profundamente que Deus está por detrás da elegancia dessa autonomia e que Ele a permita e a Sustente (Deus fez assim, e não deixou nenhuma "ponta solta"). É mais embasbacante para mim que o universo com regularidades tão 'simples' e 'elegantes' tenha a autonomia necessaria para se desenvolver desde seu principio, se organizar e, em algum (ns) cantinhos específicos, produzir vida e, na vida, a capacidade para evoluir às formas mais variaveis incluindo uma(s) capaz de reconhecer o seu próprio lugar no cosmos e buscar respostas acerca do sentido disso tudo. Longe de 'quebrar o encanto', a beleza que reconheço nesse processo todo alimenta de alguma forma a fé que professo, não com a certeza de uma hipótese corroborada, mas na percepção da beleza e da maravilha do cosmos. Trata-se de fé e não 'corroboração empirica', ainda assim, diante das próprias 'leis' que possibilitam a existência, seu desabrochar dinamico e vivo, considero minha opinião coerente.
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A Criação, eu creio, não possui pontas soltas que precisam ser remendadas de forma sobrenatural, não se trata tanto de que Deus 'não faz nada', mas antes, de que Deus faz tudo.
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Links, sites e opiniões interessantes
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Bem, essa é a minha opinião. Aliás, a resposta a cima foi exatamente o que escrevi, por email, ao camarada que perguntou minha opinião. Mas isso não é de forma alguma o final da discussão (muito pelo contrário, acho que pode até ser o começo).
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O blog da Scientific American também postou um texto bacana discutindo as afirmações de Hawking e a evidência de Deus.
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Ainda, o blog "Tubo de Ensaio" também postou (AQUI) sobre as afirmações e o livro do Stephen Hawking e prometeu se aprofundar no assunto em posts subsequentes. Marcio Campos nos explica que o 'nada' do qual, segundo Hawking, o universo inevitávelmente surge sózinho, não é bem 'nada', uma vez que necessita de regularidades físicas pré existentes. Ele escreve:
Quando os crentes dizem que Deus tirou o universo do nada, é nada mesmo. Se algo já existe, ou é, não estamos mais no nada ontológico. Um amigo, no Twitter, citou um exemplo tirado de um fórum ateísta: "cientistas já realizam uma creation ex nihilo, em laboratório, criando matéria do nada, apenas usando luz." Só esqueceram de avisar o sujeito que a luz existe, então não houve "criação a partir do nada". Da mesma forma, um amigo leitor do Tubo descreveu a situação nesses termos: se o que permite a criação "do nada" proposta por Hawking é a lei da gravidade, então não estamos no nada ontológico. Ainda que não existisse a matéria, nem a energia, existiria a lei e isso já é suficiente para não estarmos mais no nada. A única maneira de contornar o problema é não atribuir "ser" à lei. Mas isso simplesmente não faz sentido.
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Além disso, o blog também cita dois links, ESSE de um texto do Chicago Tribune, escrito pelo Pe. Robert Barron e ESSE de um artigo do Catholic Herald por Quentin de la Bedoyere. Vale a pena ler ambos.
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Por fim, o filmezinho abaixo (que eu também chupinhei do Tubo) apresenta uma conversa entre Alister McGrath e Jon Butterworth sobre o tal assunto:




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Bem, é isso. Apesar de as vezes achar toscas essas discussões, acho que nesse caso houve a oportunidade de explorar um pouco das fronteiras entre ciência e fé. Sei lá, me deu um pouco pra pensar.
Paz de Cristo


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Adicionado em 13/09/2010:

Acabei de ler, no BioLogos um texto do Karl Gibberson sobre as afirmações do Hawking. Ele foi públicado antes no The Huffington Post. Vale a pena ler: "Hawking’s Speculation: Everything Happens".

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Adicionado em 14/09/2010

Texto no site gringo da SciAm:

Cosmic Clowning: Stephen Hawking's "new" theory of everything is the same old CRAP

domingo, 22 de agosto de 2010

Meteorito

Tô pra lá da metade do livro ‘Milagres’ do C. S. Lewis.
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Muito bom sem dúvida, profundo e edificante, mas até aqui (e principalmente nos primeiros capítulos do livro) não pude deixar de franzir o cenho para algumas premissas e argumentos do autor. Nos capítulos subsequentes ele se aprofunda e a gente vê aqueles argumentos claros e cativantes que, volta e meia, servem como principio para reflexão, característicos do Lewis. Mas aquelas franzidas de cenho permanecem, um tanto indigestas. Isso não é de surpreender, claro. C.S. Lewis, do mesmo jeito que todo mundo, ás vezes falava besteira (de fato, o estranho seria encontrar um camarada que concordasse com tudo que o professor, estimado no meio Cristão, propusesse, sem criticas, ressalvas ou desenvolvimentos posteriores).

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A tal indigestão não veio em discodar do Lewis, mas naquela impressão engraçada de um mesmo ponto de vista abordado em seus aspectos distintos causando confusão. Não sei se o leitor já sofreu desse mal entendido, mas eu já (ok,ok, talvez eu seja meio retardado), e explico. Imagine duas pessoas discutindo um certo assunto e discordando veementemente entre sí. Até um certo momento em que ambas realmente “prestam atenção” no argumento uma da outra e percebem que, apesar deles verem e estarem abordando o assunto a partir de perspectivas totalmente diferentes, eles não discordam em nada (ou quase nada), acerca das conclusões a que estão chegando. Por conta do vocabulário, background, ilustrações ou exemplos distintos que as duas pessoas estão usando, há aparência de discórdia, mas colocado o argumento claramente na mesa, as diferenças somem ou se resumem a detalhes (é verdade que as vezes os detalhes são muito importantes). Bem... As vezes isso acontece comigo ok!

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Com o “Milagres”, talvez a solução do mal entendido tenha vindo exatamente com um poema escrito pelo próprio Lewis que jaz na primeira página do livro e que eu não havia visto até estar pra lá da metade do livro. O poema é bonito e toda essa introdução foi para dizer que vou transcreve-lo aqui. Para mim foi uma surpresa lê-lo, algo como “ahhh, então é isso? Bem, eu concordo com isso!!”. No geral ‘Milagres’ tá legal, tem argumentos sensacionais e também algumas coisas com as quais não concordo, não tô achando tão legal quanto ‘Problema do Sofrimento’ ou “Os Quatro Amores”, mas vale muito a pena ler.
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Vaí aí o poeminha.
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Meteorito
(C. S. Lewis)
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Entre colinas, um meteorito,
Com musgo a cobri-lo, imenso se guarda,
Os ventos e as chuvas com toques benditos
Da rocha os contornos, abrandam com calma.
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Assim pode a Terra tão fácil sorver
As cinzas das chamas do véu sideral,
E pode a visita lunar envolver,
Como ao nativo de um feudo real
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Nem é de estranhar que tais caminhantes,
No seio da Terra encontrem seu lar,
Pois cada partícula nela constante
Primeiro surgiu do espaço estelar.
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Tudo que é Terra já foi céu um dia;
Do sol do passado a Terra surgiu,
Ou de alguma estrela talvez erradia
Que perto demais do Sol explodiu.
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Se gotas tardias então inda caem,
Do espaço celeste neste chão criador
É que ainda aqui opera uma força do além,
A alegre torrente de chuva e esplendor
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Paz

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Sabedoria dos Parasitas, por Carl Zimmer

Mais um texto traduzido. Este é do Carl Zimmer. É meio antigo mas eu achei muito legal. Tirado DAQUI











Eu tenho o hábito de colecionar contos de parasitas da mesma forma com que algumas pessoas colecionam ‘action figures’. Tendo preenchido todo um livro com tais contos, eu pensei ter ‘completado toda a coleção’. No entanto, até agora eu havia deixado passar a o terrível e glorioso espetáculo protagonizado pela vespa Ampulex compressa.




Enquanto adulta, Ampulex compressa é semelhante as demais vespas, zunindo por aí e se reproduzindo. Mas as coisas começam a ficar esquisitas quando chega a hora de botar um ovo. Ela, primeiramente, encontra uma barata para servir de hospedeiro para o ovo e procede aplicando 2 ferroadas extremamente precisas na barata sem sorte. A primeira delas é aplicada na região mediana da barata, causando paralisia nas suas pernas dianteiras. A breve paralisia causada por essa primeira picada dá a vespa tempo precioso para que ela possa aplicar uma ferroada mais precisa na cabeça.




A vespa insere seu ferrão através do exoesqueleto da barata diretamente no interior de seu cérebro. Ela aparentemente se utiliza de sensores ao longo da lateral do ferrão para guia-lo, de forma mais ou menos semelhante a um cirurgião encontrando seu caminho até um apêndice inflamado através de uma laparoscopia. A vespa então continua a sondar o cérebro da barata até localizar um ponto em particular que aparentemente é responsável pelo controle do reflexo de fuga. Ela injeta um outro veneno que influencia estes neurônios de tal forma que o reflexo de fuga desaparece.




Visto de fora, o efeito é surreal. A vespa não paralisa a barata. Na verdade, a barata é capaz de levantar suas pernas dianteiras novamente e andar. Mas agora ela é incapaz de se mover por conta própria. A vespa toma uma das antenas da barata e a guia – nas palavras de um cientista israelita que estuda Ampulex – como um cachorro na coleira.




A barata-zumbi vai onde seu mestre a guia, tal lugar acaba, invariavelmente, sendo a toca da vespa. A barata adentra obedientemente na toca e espera calmamente enquanto a vespa sela a entrada da toca com pequenosenos seixos. A vespa então se volta para a barata mais uma vez e bota um ovo na sua região ventral. A barata não oferece resistência alguma. O ovo se choca, e então a larva através de mordidas, abre um buraco na lateral da barata. E procede para dentro do seu pobre hospedeiro.




A larva cresce dentro do seu hospedeiro, devorando seus órgãos internos, durante uns 8 dias. Ela então está pronta para se fechar em seu casulo – o que também ocorre no interior da barata. Depois de mais 4 semanas, a vespa se desenvolve em sua forma adulta. Ela se liberta do seu casulo, da mesma forma, saí da barata. Observar uma vespa adulta saindo de forma subita de dentro de uma barata traz a memória aquele filme ‘Alien’.




Eu acho essa vespa fascinante por diversas razões. Uma delas é que ela representa uma transição evolutiva. De novo e de novo, organismos de vida livre se tornaram parasitas, se adaptando a seus hospedeiros com delicada precisão. Caso você observe os hábitos de um parasita completo, pode ser difícil imaginar como ele pode ter evoluído de alguma outra coisa. Ampulex nos oferece algumas pistas, por que ela existe entre os mundos do parasitismo e da vida livre.




Ampulex não é técnicamente um parasita, mas tem um hábito de vida conhecido como ‘exoparasitóide’. Em outras palavras, um adulto de vida livre bota ovos externamente em relação a um hospedeiro e então a larva rasteja para dentro do hospedeiro. Podemos imaginar sem dificuldade os ancestrais da Ampulex como vespas que botavam ovos próximo a insetos mortos – como algumas espécies fazem hoje. Estes ancestrais carniceiros com o tempo evoluíram e se tornaram vespas que atacavam hospedeiros vivos. Da mesma forma, não é difícil visualizar uma vespa semelhante à Ampulex evoluindo e se tornando um parasitoide completo que injetam seus ovos diretamente no interior de seus hospedeiros, como muitas espécies fazem ainda hoje.




E tem também a ferroada. Ampulex não tenciona matar a barata. Ela não tem a intenção sequer de paralisar o animal da forma como aranhas e cobras fazem, uma vez que ela é muito pequena para arrastar uma barata grande e paralisada até sua toca. Então, ao invés disso ela apenas reprograma a rede neural da barata extirpando a sua motivação. Seu veneno faz mais do que transformar baratas em zumbis. Ele também altera o seu metabolismo, de forma que sua tomada de oxigênio cai para um terço do normal. Os cientistas israelitas descobriram que eles podem diminuir a taxa de consumo de oxigênio em baratas injetando substancias paralisantes ou removendo neurônios –os mesmos que a vespa inutiliza com sua ferroada. Mas eles conseguiram realizar apenas uma rude imitação; as baratas manipuladas desidratavam rapidamente e morriam em seis dias. O veneno da vespa de alguma forma faz com que seu hospedeiro fique em animação suspensa e ao mesmo tempo, saudável, mesmo enquanto a larva parasitoide o devora de dentro para fora.




Cientistas ainda não entendem como Ampulex realiza tais façanhas. Parte da sua ignorância é devida ao fato de que cientistas ainda tem muito para aprender acerca de sistema nervoso e metabolismo. No entanto milhões de anos de seleção natural permitiram que a Ampulex se tornasse capaz de realizar ‘engenharia reversa’ no seu hospedeiro. Seria interessante que nós seguíssemos o mesmo caminho, e ganhássemos a perspicácia dos parasitas.





É isso aí


Paz de Cristo

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Idade do universo, um filminho









Filminho excelente refutando alguns argumentos do Adauto Lourenço. Muito bom!





Tirado DAQUI.



Paz de Cristo

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Gravidade, evolução e dogma religioso (tradução de um texto do Michael Zimmerman)





Depois de muito tempo com o blog parado, li um texto que vale a pena traduzir (e explicar algumas coisinhas), trata-se de um texto do Michael Zimmerman, fundador e diretor do Clergy Letter Project, tirado DAQUI.
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Involuntariamente, estou certo, Eric Verlinde pode ter providenciado um momento definitivo para o Discovery Institute[1] , e outros grupos, que professam que seus ataques à evolução são levados adiante em nome da ciência ao invés de constituírem um mecanismo para promoverem suas respectivas crenças religiosas estreitas e sectárias.


Verlinde é um físico de renome internacional que publicou recentemente um artigo no qual ele levanta uma questão provocante: a gravidade realmente existe? Como Dennis Overbye explicou no New York Times:


“Para mim a gravidade não existe”, disse o Dr. Verlinde, que esteve recentemente nos Estados Unidos com a finalidade de se explicar. Não que ele não seja capaz de cair, o que ocorre é que o Dr. Verlinde está entre os físicos que proclamam que a ciência têm visto a gravidade por um ângulo errado, e que existe algo mais básico do qual a gravidade “emerge”, da mesma forma que o mercado de ações emerge do comportamento coletico de investidores individuais ou que a elasticidade emerge do comportamento de átomos.


E o que isso tudo tem a ver com a posição do Discovery Institute em relação a evolução?


A ligação é, na verdade, bastante clara. Seu grito de protesto, adotado pela 'Texas State Board of Education'; a legislação do estado de Louisiania e seu governador Bobby Jindal ; bem como diversos outros estados norte-americanos, é justamente que estudantes deveriam aprender as “forças e fraquezas” de teorias cientificas. Eles adotaram esse lema como um meio de esconder suas reais intenções – trazer design inteligente/criacionismo para as aulas de ciência.


Caso eu esteja equivocado acerca de suas reais intenções, nós iremos ver, dentro de pouco tempo, o Discovery Intitute lutando para que os conselhos escolares alterem totalmente o currículo básico de Física. Mas eu não estou contando com isso.


É interessante notar que, diferentemente de virtualmente todos que atacam evolução, Verlinde é parte do ‘mainstream’ da comunidade cientifica, e que suas idéias inovadoras estão sendo publicada na literatura cientifica em artigos revisados por pares. Mais do que isso, Verlindo não está só em questionar o que sabemos acerca da gravidade. De fato, a comunidade de físicos foi incapaz de explicar adequadamente o mecanismo da gravidade. Alguns, em sua maioria proponentes da teoria das cordas, supõe a existência de partículas sem massa que eles nomearam ‘graviton’ e afirmam que ela seria responsável por mediar a força da gravidade, uma força que teria alcance ilimitado. Outros simplesmente ignoram a hipótese da existência de tal partícula.


E ainda assim, até agora, não houveram protestos acerca da maneira como nossas crianças vêm aprendendo física em geral e, em particular, gravidade.


Os mecanismos da evolução, por outro lado, são compreendidos já há um bom tempo, observados e medidos. Os ataques na teoria evolutiva estão vindo de fora da comunidade cientifica, por pessoas que não conduzem ativamente pesquisas no campo, por pessoas que, invariavelmente, possuem um viés atrelado a uma agenda ligada a uma instituição religiosa.


Será que isso significa que nós atualmente sabemos todo o possível acerca de evolução? É claro que não! A literatura cientifica está repleta de artigos fascinantes que levam adiante nosso conhecimento nesse campo, questionando quais mecanismos evolutivos tomam precedência sob diferentes condições ambientais, e dando suporte experimental para diversas idéias.


Além disso, por conta dos, aparentemente, infindáveis ataques à evolução provenientes daqueles que consideram este conceiro cientifico ofensivo por conta de pressuposições religiosas, sociedades cientificas ao redor do mundo têm dado suporte através de declarações afirmando a importância de se pesquisar e ensinar evolução. 68 academias de ciência, por exemplo elaboraram conjuntamente uma declaração acerca do ensinio de evolução que deixa absolutamente claro que não existe controvérsia cientifica acerca de evolução. Essas academias representam países tão diversos como os Estados Unidos, a Albania, a Belgica, o Canada, a Holanda, o Sri Lanka e o Zimbabue, só para citar alguns.


Nos Estados Unidos, a 'American Anthropological Association', a 'American Geological Institute', a 'American Institute for Biological Sciences', a 'Botanical society of America' e a ' Society for Neuroscience', juntamente com um conjunto de outras organizações de alto nível, produziram declarações semelhantes. O fato é que, independentemente do que o Discovery Institute e outros grupos semelhantes possam afirmar, não existe qualquer controvérsia dentro da comunidade cientifica acerca da centralidade e importância da teoria evolutiva.


Ainda assim, a opinião de experts ainda não teve o efeito de ater aqueles que atacam a evolução. Ao invés disso, eles afirmam que cientistas são parciais e que os alunos merecem coisa melhor. Estou ciente que os recentes questionamentos acerca da gravidade citados acima provavelmente não irão alterar a natureza de tais ataques. Por outro lado, estou esperançoso, que eles possam providenciar uma oportunidade para auxiliar o público a reconhecer o real significado por detrás da demanda constante para que conselhos escolares reformulem seus currículos para permitir que estudantes vejam “os dois lados da história” e a tática sectária que ela representa.


Caso o Discovery Institute não aborde a incerteza cientifica da teoria gravitacional da mesma forma com a qual tem abordado evolução, então poderemos nos voltar para uma das grandes filosofas do nosso tempo para aconselhamento. Como Desi Arnaz da série “I Love Lucy” disse de forma pré-ciente, o Discovery Institute tem “algumas explicações para dar”[2].


[1] O Discovery Institute é um think tank conservador norte-americano baseado em Seattle, Washington, mais conhecido pela sua defesa do design inteligente e de sua campanha Ensine a controvérsia que propõe a discussão daquilo que entende ser as deficiências da Teoria da Evolução nas aulas de ciências do sistema público de ensino dos Estados Unidos da América, Definição concisa tirada do Wikipedia.


[2] Não saquei nem a referencia nem o trocadilho por isso traduzi literalmente mesmo esse finalzinho, pode ter ficado meio estranho e/ou confuso.


é isso aí


Paz de Cristo

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Numa reportagem da 'Christianity Today", Karl Giberson dá dicas sobre como os proponentes do design inteligente serem levados a sério pela comunidade cientifica. Pra resumir o discurso do homem, a idéia principal é: se o DI quiser ser levado a sério, tem que se levar a sério. Propaganda, marketing, livros como 'Signature in the Cell' ou "A caixa preta de Darwin", não vão contar pontos se o DI não conseguir ser (como até o momento não é) uma idéia cientifica fértil.

Karl Giberson escreve:


"Eu adoraria ver o design inteligente redirecionando suas energias para desenvolver uma idéia geniunamente fértil. Parem de tentar provar que Darwin causou o holocausto ou que a evolução está controlando a civilização ocidental. Cheguem unanimamente à conclusão de que a terra é antiga, uma vez que isso é cientificamente comprovado. Não chamem cientistas de renome internacional de ‘picaretas’, como Meyer deixa implícito no seu livro “Signature in the Cell”. Não afirmem que a evolução esta entrando em colapso, uma vez que todos os pesquisadores no meio sabem que não está. Parem de afirmar que vocês não conseguem ter seus trabalhos publicados em revistas convencionais uma vez que vocês não submetem artigos para elas.

Em vez disso, arregacem as mangas e comecem a trabalhar na grande idéia. Desenvolvam-na até o ponto onde ela comece a gerar novos insights acerca da natureza de forma que nos saibamos mais por conta do seu trabalho. Então a academia ira recebe-los de braços abertos. A ciência adora rebeldes."



Tirado DAQUI e DAQUI


Paz de Cristo

domingo, 11 de abril de 2010

Qual era a rusga de Lutero com a 'transubstânciação'

Não faço isso geralmente, mas irei transcrever neste post uma pergunta que fiz e algumas respostas que obtive no YahooRespostas. Pode parecer meio bobo, mas achei as respostas transcritas abaixo muito instrutivas e completas e que merecem divulgação neste espaço. Veja a pergunta AQUI
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Minha questão:
Estou lendo "Do Cativeiro Babilônico da Igreja", e, pelo que pude entender do que Lutero fala acerca da doutrina da 'transubstanciação', me pareceu que ele não nega que o corpo de Cristo esteja presente na comunhão. Ele apenas não aceita o embasamento 'aristotélico' da tal doutrina, que separava a 'substância' do pão de seus 'acidentes'. Durante a administração do sacramento, segundo a doutrina, a substância do pão se tornaria o corpo de Cristo, enquanto os acidentes (forma, cheiro, gosto etc) se manteriam como sendo característicos do pão.
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Então, queria saber se eu viajei grandão, ou se é isso mesmo. Ou ainda se Lutero mais tarde mudou sua opinião.
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Resposta 1:



Meu caro Emiliano, Paz e Bem !
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Existem duas questões aqui, a primeira é que Lutero negava a Transubstanciação das espécies, que para nós [Católicos] é a presença real do Cristo nas espécies, alterando-lhes a substância , mas não a aparência. Ou seja, o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Jesus Cristo, embora na aparência continuem pão e vinho.
Santo Tomás de Aquino descreve isto bem no Hino que compos para a festa de Corpus Christi chamado " Adoro te devote", que traduzido do latim é assim:
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Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.
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A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.
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Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.
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Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.
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Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória.
Amem
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Lutero acreditava na "Consubstanciação", ou seja, não acreditava na transformação das espécies em corpo e sangue do Cristo, embora acreditasse na presença real, que segundo ele, convivia com os acidentais.
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Mas Lutero não acreditava na Missa como renovação do sacrifício do Cristo, que se realiza exatamente na Eucaristia, e, além disto, os ministros luteranos não eram ( e continuam não sendo) , sacerdotes . Lutero não admitia o sacramento da Ordem, para ele o sacerdócio é universal, e não restrito a alguns que , como nós [Católicos] cremos, receberam o Espírito Santo na ordenação presbiteral o que os legitima para agir "in persona Christi", ou seja, agem como Cristo no ato da consagração, independentemente de seus pecados pessoais. Assim sendo, o pastor luterano não recebe o sacramento para poder agir na pessoa de Cristo na consagração das espécies. Porque sua autoridade não deriva da sucessão apostólica, que legitima o clero católico como herdeiros últimos dos primeiros, e que foram consagrados pelo Espírito Santo, e transmitiram a outros, e não a todos, a unção sacerdotal , que é derivada do sacerdócio real de Jesus.

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Um abraço
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RESPOSTA 2:
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Estimado Emiliano,

Muito interessante sua pergunta. Lutero defendeu a presença corporal de Cristo na Ceia do Senhor ou Santa Ceia.
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Em 1529, houve o chamado "Colóquio de Marburgo", na Alemanha, onde os protestantes alemães e os reformados suiços procuraram definir uma Confissão comum de Fé. Do lado alemão, os principais eram Lutero e Melanchthon. Do lado dos reformados, Zwinglio, de Zurich, Ecolampadio, de Basileia, e Bucer, de Estrasburgo (esta entre Alemanha e França). Conseguiu-se um Acordo entre 14 pontos de doutrina, não se conseguiu acordo sobre a Ceia do Senhor. Zwinglio defendia a intgerpretação simbolico-memorialista, Lutero, a interpretação realista. Conta-se que Lutero, no auge da discussão com Zwinglio, escreveu na mesa ou no quadro, em latim, a frase "Isto é o meu corpo". Nem o cordato Bucer conseguiu uma conciliação.
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João Calvino, reformador de Genebra, que adere à Reforma cerca de 1533 ou 34, depois da morte de Zwinglio em campo de batalha (1531) vai defender a presença espiritual de Cristo na Ceia do Senhor, interpretação essa que vai prevalecer nas igrejas reformadas da França, Holanda, Suiça e nas Igrejas presbiterianas.
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A interpretação de Lutero ficou conhecida como "consubstanciação", o corpo de Cristo está presente "em, sob e com o pão". Na verdade, alguém já havia proposto essa idéia antes de Lutero. Antes da influência de Aristóteles na Escolástica não se usava o termo transubstanciação. Assim, não se justifica que apenas essa idéia seja a continuidade da Igreja do primeiro milênio. Os ortodoxos, por exemplo, usam, por vezes, o termo transmutação, com um sentido não exatamente igual ao de transubstanciação. Ambrósio de Milão, que batizou Santo Agostinho, era realista, acreditava na presença corporal de Cristo nos elementos da Ceia. Seu posicionamento pode ser reivindicado por católicos, luteranos e ortodoxos!
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Bem, gostaria de lembrar que creio que comungamos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo na Ceia ou Eucaristia. Trata-se de um mistério, além de nossa compreensão racional. Tomás de Aquino também se referiu Eucaristia mais ou menos nesses termos (ver o livro "Os sacramentos na Tradição Reformada", S. Paulo, Fonte Editorial, 2005).
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Quanto à questão da sucessão apostólica levantada pelo Frei Bento [RESPOSTA 1], gostaria de lembrar que a mesma foi mantida no luteranismo nos paises escandinavos, através de bispos, bem como em algumas outras regiões. Hoje a tendência no luteranismo é a adoção do regime episcopal. Nos EUA um acordo entre luteranos e anglicanos prevê o reconhecimento mútuo das ordenações e no caso de novas ordenações deve estar presente um bispo luterano ou anglicano.
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Um abraço a todos!

Paz

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"Você é Católico ou Evangélico"?

Estava eu andando pela rua 12 de Outubro, na feliz tarefa de comprar 'tule' (um tecido excelente para fazer telas e que pode ajudar pra fazer viveiros para insetos). Fazia tempo que não passava por aquela muvuca e o passeio levava uma certa nostalgia. De subito fui abordado por uma senhora querendo ajuda para uma sociedade assistencial. Assim que me abordou, sem mais, perguntou: "Você é Católico ou Evangélico?", quase como se, a exemplo dos jogadores do Santos Futebol Clube, a senhora fosse decidir, baseado na minha profissão de fé, se eu era digno ou não de colaborar com a tal entidade assistencial.

Vou falar, é duro ser nó cego... Hesitei! Meu primeiro impulso foi empinar o nariz encher o peito e responder "Sou evangélico" (até para ver o que a senhora iria falar a seguir, pois a sociedade assistencial que ela estava divulgando era claramente uma instituição Católica). Mas pensei: "Caramba, vai pegar mal para os meus irmãos evangélicos serem relacionados com um sem noção como eu".

Aí pensei n'uma resposta mais honesta, abaixar a cabeça e falar "minha senhora... Eu sou Corinthians..."

Por fim, com a velhinha lá esperando minha resposta, pensei no que eu deveria estar fazendo nessa vida e no Que de Verdade eu me apoiava, a minha Rocha através de mim e apesar de mim.

Olhei a senhora nos olhos e respondi: "Eu sou Cristão..."

Acabei ajudando a sociedade assistêncial com o pouco que tinha no bolso e ainda ganhei um imã de geladeira!

Paz de Cristo

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1) Chupinhado desta pergunta no Y!R

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2)A tal sociedade assistencial é a:
Sociedade Assistencial para cegos nossa senhora da Guia

Design Dectective

Graças a ESTE BLOG descobri recentemente uns videozinhos muito legais no canal do youtube de Gordon J. Glover (o cara é o autor do livro 'Beyond the Firmament'). Além de muitos filmes interessantes e instrutivos acerca de fé e ciência, existem também alguns filmezinhos com conteudo mais descontraido e ironico.

Os dois filminhos que chupinhei abaixo são sobre o 'Design Dectective' e, apesar de certo humor e ironia não deixam de retratar alguns aspectos importantes e problematicos acerca da hipotese do 'Design Inteligente".Divirtam-se





Paz

segunda-feira, 29 de março de 2010

O site do Hubble

Para me desculpar pela longa ausência, resolvi chupinhar um dos videozinhos do site do Hubble (outros filminhos podem ser vistos AQUI).
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O motivo de tal postagem é que me veio, nas últimas semanas (em meio a alguns surtos neuróticos), um súbito interesse por astronomia e coisas do tipo. Além de ter acabado de ter lido 2 livros do astronomo Carl Sagan ('Pale Blue Dot' e "Variedades da Experiência cientifica", este último é a transcrição das palestras Gifford ministradas pelo cientista). Embalado, realizei até uma visita ao Planetário do Ibirapuera. Rapaz que LEGAL é o planetário!
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Enfim, os surtos neuróticos e a loucura da vida acabaram resultando na ausencia de posts novos no blog neste último mês. Espero (mesmo) poder corrigir isso em breve.

Paz

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cristianismo e Evolucionismo em 101 Perguntas e Respostas - por John F. Haght

Esse é o segundo livro que leio do Teologo Católico John F. Haught sobre a influência da ciência moderna, em particular a biologia evolutiva, sobre a teologia e vice-versa. O outro livro "Deus Após Darwin" é mais aprofundado em aspéctos teologicos enquanto que "Cristianismo e Evolucionismo em 101 Perguntas e Respostas" me parece mais introdutório, claro e -por ser organizado em forma de 'perguntas e respostas' bastante direto (e excessivamente resumido). Como acontece, não concordo 100% com as idéias do homem, mas recomendo as duas obras, penso que Haught nos ajuda a expandir nossa visão e, com auxilio da ciência moderna, ter uma visão maior do Deus Criador (ando pensando muito em como a ciência tem um papel em 'desprovincianizar' algumas de nossas concepções religiosas, o que pode nos ajudar a pensar [em] Deus um poquim melhor. Além disso, a própria ciência pode ser um jeito de dar Louvor ao Criador [LEIA AQUI]).
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De qualquer jeito, ainda estou na pergunta 63 (mais ou menos), mas já posso dizer que o livro é bacana e instigante. Para outras opiniões, tem um blog lusitano, 'Companhia dos Filosofos' que postou uma resenha acerca do livro (AQUI) - o livro, alias, foi traduzido por uma editora lusitana e está em portugues de portugal - Alem disso, postaram também uma resenha no site irmãos.com (AQUI).
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Resolvi também transcrever um pequeno trecho do livro (uma resposta particular que considerei bastante interessante). Aí vai:
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Como é que a evolução altera a nossa compreensão de Deus?
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Uma perspectiva evolucionista propõe, antes de mais, uma grande mudança na forma como localizamos a transcendência divina. Podemos hoje talvez afirmar que Deus não está apenas “lá em cima”, mas também “mais adiante”. De acordo com a formulação de Karl Rahner Deus é o Futuro Absoluto. A reflexão sobre o processo evolucionário tem ajudado a teologia a recuperar o profundo sentido bíblico de Deus como Aquele que Se relaciona com o mundo dando-lhe promessas ainda por realizar. Deus vem do futuro a este mundo ainda inacabado e cria-o de novo, a partir do futuro. Uma teologia da evolução pensa Deus e a promessa de Deus em termos da “futuridade” do ser, e não em termos de uma eterna e imóvel presença, a pairar “lá em cima”. Isto, porém, não é tanto uma mudança qualitativa na nossa compreensão de Deus, mas mais uma recuperação radical de intuições bíblicas esquecidas acerca da realidade última.
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Em segundo lugar, a epopeia da evolução expande a nossa compreensão de Deus, fazendo-nos tomar consciência de que o amor divino abraça o destino de todo cosmos. Assim, já não podemos legitimamente separar as nossas aspirações pessoais daquele que vier a ser o destino da criação inteira. Enquanto as religiões acreditavam num universo estático, talvez fosse compreensível que a esperança humana pudesse tomar a forma de vislumbrar um destino algo individualista num outro mundo, completamente diferente deste. Este “optimismo de retirada” , como o apelida Teilhard de Chardin, dominou a espiritualidade ocidental ao longo dos séculos. A evolução, no entanto, diz-nos que estamos ligados a um universo mais amplo e a uma grandiosa história de vida, num prolongado processo de “vir-a-ser”. O renovado sentido de “ser um” com o cosmos oferece à nossa esperança um horizonte verdadeiramente novo. A evolução dá às nossas vidas um sentido mais forte do que nunca de sermos participantes do processo em curso de uma história cósmica da criação.
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Finalmente, a evolução deu um acento novo àquilo que podemos chamar graça divina. A graça divina permite que possa haver um universo “contigente”, um universo que não é modelado por uma necessidade determinística. Num mundo assim, o acaso ou os acidentes podem ocorrer. A teologia não deveria ter-se surpreendido, deveria antes ter esperado que o mundo criado fosse aberto ao tipo de contingência e de aleatoridade que encontramos na evolução da vida. O próprio São Tomás de Aquino defendeu que um universo totalmente dominado pela necessidade não seria distinto de Deus. O mundo, para ser mundo, tem de ter elementos de não-necessidade ou de contingência. “Seria contrário à natureza da Providência e à perfeição do mundo”, disse São Tomás, “se nada acontecesse por acaso.”
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Apenas um cosmos independente poderia dialogar ou ter a verdadeira intimidade com Deus. Sob este ponto de vista, portanto, a epopeia da evolução é a história da independência e autonomia emergentes de um mundo que está a despertar na presença da graça de Deus. E a graça divina, como Karl Rhaner muitas vezes também sublinhou, torna o mundo mais autónomo, e não menos. Na presença de Deus, o universo não se dissolve no nada ou em Deus, mas torna-se antes um mundo distinto do seu Criador. A evolução, portanto, permite-nos sentir profundamente essa convicção primordial bíblica de que Deus é Amor gracioso e libertador.
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Paz de Cristo

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Deus não dá “reset”

É o que eu penso! Deus não dá “reset”. Ele não desiste –embora já tenha pensado sériamente no caso – Ele não se entrega (dãh). Mas o impressionante mesmo é que Ele não nos entrega (ao diabo, ao “deus dará” ou o que seja).
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Talvez seja esse o significado mais profundo que eu encontrei no relato Bíblico do dilúvio, talvez seja esse o significado do Arco-Iris, a promessa de Deus que Ele nunca mais (nunca mais mesmo) vai dar “reset” na sua Criação.
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Sem dúvida, o fato de eu pensar assim esta no cerne de porque eu não engulo a doutrina Espirita do reencarnacionismo, bem como certas interpretações escatológicas.
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(PARENTESES: no meio evangélico, onde, para muita gente ‘apologética’ é meter o pau na crença (ou descrença) alheia – algumas vezes falando um bocado de groselha – a gente tem que ter cuidado pra falar de coisa que não concorda, principalmente quando –e é o meu caso – não se é expert naquilo que se está criticando. Este aqui se propõe a ser um texto sóbrio e respeitoso de alguém que reconhece que pode estar muito bem falando merda, e cujo principal objetivo não é meter o pau na crença de ninguém. Antes, trata-se de um reflexo do meu anseio para entender algumas coisas e, no meio das chuvas catastróficas que tem abalado minha cidade, poder, no fim de tarde, olhar para um arco-iris, sabendo que aquilo significa que Deus não vai dar “reset”. Mesmo nesta cidade que, se fosse um PC, mereceria muito bem ser “formatada” )
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Mas é o que me parece sim. A meu ver, acreditar em reencarnação equivale a acreditar que sua alma é “formatada” de geração em geração. Para começar, já faz um tempo que eu não acredito muito em 'alma', pelo menos não no conceito de "essência pessoal separada da matéria". Essa história da distinção entre corpo e alma/ material e espiritual é basicamente uma herança do pensamento pagão grego para o Cristianismo (que influenciou grandão caras como Paulo e principalmente Agostinho). Não vou me aprofundar muito no assunto para não acabar falando bobagem (se é que já não é tarde), basta dizer que se eu acredito em 'alma', isso para mim se traduz nos padrões sinapticos dos neuronios dos nossos cérebros que determinam quem nós somos e são determinados, em certa medida, pela nossa herança genética, pelas nossas experiências etc. Em suma: você não é dividido em hardware e software, você é uma coisa só, integrada. Você é você! Se eu acredito que você, eu e todo mundo possui uma saída USB * que se conecta ao Transcendente (ao Espirito de Deus) a resposta é sim, mas não acredito em alma ‘fantasminha’.
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E neste sentido, também não me parece coerente com o pouquinho que eu conheço de Deus que a alma ou espírito seja submetido a diversas ‘formatações’ e aquilo que se chama “Emiliano” seja perdido, formatado, jogado fora em prol de alguma forma ‘mais elevada’. Acredito que Deus, em Seu Amor incompreensível, se importe mesmo com o “Emiliano”. Sem dúvida Ele tem poder para me transformar, numa próxima reencarnação, em um importante e asseado empresário, paciente, solicito e torcedor d’algum time tricolor de torcida recatada, apesar de pouco expressiva. Seria uma ‘evolução’**, mas aí não seria o Emiliano, não seria eu. Eu teria sido ‘resetado’ em alguma coisa diferente, e Deus quer a mim, a você, a nós do nosso jeito.
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Mas isso não é tudo, penso que Deus tenha o mesmo apreço em relação a toda Sua Criação. E partindo daí, acho difícil entender algumas doutrinas Cristãs acerca do que vai acontecer ‘no fim’ (a tal da escatologia). Entendo NADA do assunto, apenas penso com os meus botões que, o projeto de Deus para a Criação (todo o Universo), também é um projeto de redenção, não de “reset” .
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Essa dúvida particular me pulou na cabeça quando eu estava conversando (quase brigando) com a minha pequena acerca do assunto. Ela estava falando da obra que ela está lendo: “Deixados Pra Trás”. Ela me conta que no último dos 13 livros, que fala sobre o milenio, os autores retratam uma Criação refeita por Deus após 12 livros de cataclismas apocalípticos. Criação essa, descrita como “mais abundante” do que a anterior.
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OK, talvez exista uma ou duas referências Bíblicas bonitinhas e incontestáveis para justificar essa interpretação dos autores, mas eu fiquei pensando: “Como é possível? Como pode?”. Fiquei pensando nesse milênio, cheio de florestas que cresceram do dia para noite, pomares, com leopardos, zebras, gnus e, até onde sabemos, tiranossauros e Achantostegas, convivendo pacificamente. Com uma diversidade ainda mais abundante e embasbacante que as 300.000 espécies de besouro que temos hoje (talvez com muitas mais recentemente ‘inventadas’).
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Pensei em tudo isso e voltei a perguntar: “Mas como assim?” Penso que dá mesma forma que eu, todo o resto da Criação tem uma história, uma herança única que da a ela sua beleza (e falo isso me referindo desde as formigas no jardim até às Luas de Saturno). Também nesse sentido, minha esperança não é a do “reset”, mas a da redenção, a do renovo.
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Como imaginar um barato desse? Esse renovo? Acho que isso é assunto para um outro post, mas tenho refletido sobre como o tamanho da Criação pode nos ajudar a ver um Deus ainda maior... talvez faça sentido a citação de Teilhard de Chardin: "incessantemente, ainda que imperceptivelmente, o mundo está constantemente a emergir um pouco mais acima do nada". Nesse sentido, nem aquilo que somos é um HD sendo constantemente formatado pela eternidade e colocado dentro de um PC diferente. E nem a Criação é um fusca velho, quebrado que algum dia ira se transformar, como que da noite pro dia, numa Ferrari, mas sim uma obra em andamento, na qual a Redenção e o Reino de Deus penetram e permeiam “incessantemente, ainda que imperceptivelmente”.
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Viajei grandão né.
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É isso aí
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Paz de Cristo

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*Foi nesse momento que, enquanto escrevia, eu percebi que a metáfora tinha ido longe demais... Já era tarde para voltar atrás, no entanto.
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**isso é discutível...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


"Eu costumava pensar que os maiores problemas que nosso mundo enfrenta hoje são as mudanças climáticas, o colapso de terras para o cultivo e a perda de biodiversidade. Pensava também que com 30 anos de boa ciência nós poderiamos resolver esses problemas. Eu estava enganado. Os maiores problemas que enfrentamos são a ganância, o egoismo e a apatia, e para isso precisamos de transformação espiritual e cultural. Nós cientistas não sabemos fazer isso". (Gus Speth, ex-reitor da 'Yale School of Forestry and Enviroment').
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Citação retirada DESSE texto, escrito por Ken Wilson
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Paz

domingo, 31 de janeiro de 2010

Mais um texto Traduzido da Sci Am

Resolvi traduzir mais um texto bacana da Sci Am. Trata da relação do modo de vida consumista com a sustentabilidade. Isso por que tenho sérias dúvidas de que as duas coisas não são mutuamente exclusiva, bem como sérias dúvidas de como proceder, agir, viver como Cristão frente a essa sociedade de consumo. Quem ler o texto pode até pensar que eu sou um eco-chato ou coisa assim, não sou. Mas tenho refletido no assunto e buscando respostas. Por isso achei bacana traduzir o texto para os leitores
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De acordo com uma pesquisa realizada pelos experts em sustentabilidade Brenda e Robert Vale, da Victoria University na Nova Zelandia, um par de cães da raça pastor alemão mantidos como mascotes na Europa ou Estados Unidos consomem, por ano, em média, mais do que uma pessoa vivendo em Bangladesh. E então? Será que os males ambientais do planeta são, de fato, resultado do crescimento do número de pessoas no planeta - número que, segundo previsões, atingira pelo menos 9 bilhões em 2050? Ou será que eles tem uma relação mais acentuada com o fato de que, enquanto a população humana dobrou nos últimos 50 anos, nós tivemos um aumento de quatro vezes em nossa utilização de recursos?
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Afinal de contas, os cerca de 40.000 participantes da recente c
onferencia climatica em Copenhagen produziram mais emissões de gases do efeito estufa em duas semanas do que 600.000 etiopes produzem em um ano. De fato, as 500 milhões de pessoas mais ricas do planeta produzem 50% das emissões de dioxido de carbono globais, comparados aos 3 bilhões mais pobres que produzem apenas 6% - Sozinhos, os norte-americanos utilizam 88Kg de produtos (como alimentos e água, alem de plasticos, metais e outras coisas) por dia, ou mais ou menos um "eu" por dia [traduzi o texto do jeito que está no site. Na verdade eu peso coisa de 65-70Kg].
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Como colocado de forma clara pela "
United Nations Millennium Ecosystem Assessment" em 2005: "a atividade humana esta colocando um peso tal sobre as funções naturais da Terra que a habilidade dos ecossistemas do planeta para sustentar gerações futuras não pode mais ser tido como certo".
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E o consumismo não está sequer cumprindo sua promessa - uma vida melhor. "A cultura consumista não está apenas causando destruição ambiental sem precedentes, ela está, em muitos casos não entregando o bem estar que ela deveria para as pessoas", disse Christopher Flavin, presidente do Worldwatch Institute, durante uma entrevista com a imprensa na semana passada dirigida para divulgar o seu novo relatório "State of the World" [condição do mundo], "
Transformando culturas: do consumismo a sustentabilidade". "Os tipos de mudanças políticas discutidas em Copenhagen também são críticas e, de fato, andarão lado a lado juntamente com uma mudança cultural (indo do consumismo à sustentabilidade)".

O que ele quer dizer com "mudança cultural"? Bem, um exemplo seria uma alteração da forma com que os funerais são realizados no ocidente - indo de injetar substancias quimicas toxicas nos corpos, selando-os em caixões caros e não degradaveis que são então enterrados em cemitérios que mantém os jardins eternamente verdes as custas de fertilizantes e pesticidas - para enterrar os entes queridos de formas projetadas para curar as feridas das famílias bem como as do meio ambiente (e, em última analise, transformar esses locais em reservas naturais). "Dois séculos de desenvolvimento de uma cultura consumista nos levaram a achar totalmente natural definirmos a nos mesmos primariamente por aquilo que consumimos e como", disse Erik Assadourian, autor do relatório para "Worldwatch", sejam hamburguers do McDonald's ou veiculos Hummer.

Os pesquisadores da 'Worldwatch' indentificaram seis instituições que devem ser alteradas para promover sustentabilidade: educação, negócios, media, governamental, movimentos sociais e tradições culturais. "Não é um projeto surgido 'do-nada' " alegou o co-autor do relatório e cientista político Michael Maniates do Allehgheny College na Pennsylvania. "Existem fortes elementos culturais que dão muito valor a comportamentos como a frugalidade ou a parcimonia. Nós devemos re-centralizar as condições culturais que chamam aquilo de dentro de nós que foi
suprimido".

E esta ética cultural de consumismo não está confinada ao mundo desenvolvido; paises em desenvolvimento também a estão adotando como um modelo economico. "O consumismo esta se espalhando pelo mundo", adicionou Assadourian, notando que a China, entre outras coisas, ultrapassou os E.U.A. como o maior mercado para carros novos vem como o maior emissor de gases do efeito estufa. "Será que isso vai continuar se espalhando? Ou as nações irão começar a reconhecer que esse não é um bom caminho?"

Ao mesmo tempo, uma mudança cultural pode já estar a caminho, representada por esforços como exemplificados pelo esforço do Equador em colocar dar atenção aos direitos da "Mãe Natureza" em sua constituição, ou aqueles da fabricante de carpetes com sede nos E.U.A., Interface para criar um produto que não requer a utilização de nada do meio ambiente que este não possa renovar.

No entanto a visão geral é a de que tais esforços foram soterrados por uma crescente maré de consumismo, especialmente com relação as recentes bugigangas eletronicas. Mas talvez aquele desejo pela última investida do merchandise da Apple possa ser substituido por aquilo que inventores como Saul Griffiths chama de "Heirloom culture" (a tradução seria algo como 'cultura de herança'), tratam se de produtos que duram por toda a vida ou mais. "Em essência, a vida 'descartável' será substituida por uma vida sustentável", disse Assadourian, "um mondo onde o 'machão' não será definido pelo tamanho do motor do carro, mas pelo fato de não se possuir um".

Em outras palavras, o problema é simplesmente a nossa economia voltada para o
consumo
. E em relação as propagandas de produtos que parecem nos dizer: "Nós não somos ignorantes, nos não possuimos princípos maus ou equivocados em relação ao meio ambiente" Maniates às traduz da seguinte forma: "Nós estamos tentando fazer o melhor possível dentro de sistemas culturais que elevam escolhas não-sustentáveis".

É claro, ao mesmo tempo, a "Worldwatch" gostaria que você gastasse US$19,95 e adiquirisse uma versão impressa do seu relatório, ou US$9,95 por um PDF ou documento eletronioco para o seu Kindle (sim, trata-se de mais uma bugiganga eletrônica). Trocar uma ética captalista consumista continua sendo mais dificil na prática do que na teoria...

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Paz

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Quatro palavras para todo casal

Ontem fizemos, eu e a pequena, 4 anos de namoro. Da até vergonha de lembrar que oficializamos nossa relação no Ark, no meio de uma daquelas terríveis convenções para aficçionados em mangás e animes. Furi-Kuri e mais uma meia duzia de animes a parte - bem como algumas bandas de J-Rock - nunca fui muito chegado em coisas de otaku. E ao longo dos anos eu aprendi a ter um saudavel preconceito frente a coisa toda. Eu geralmente frequentava essas tais convenções para auxiliar um grande amigo que costumava montar uma barraquinha para vender tranqueiras lá. Estas experiências foram bem traumatizantes e hoje para mim é dificil conversar com alguem sobre mangas e animes sem mostrar, de forma ofensiva, o tal preconceito. (é brincadeira, ok) Ainda assim, dei boas risadas naqueles dias e até confesso que sinto saudades. E foi alí que - com um amigável aperto de mão - começou um namoro que já dura quatro anos! LEGAL.
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Fica aí um post chupinhado da net que eu encontrei há um tempo e que achei bacana!
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Há quatro palavras, ou frases, que precisamos falar todos os dias para os nossos cônjuges.
Se não falamos em voz alta, precisamos pelo menos falar em nosso coração.
Estas palavras curam muitos dos males que prejudicam o casamento.
Ao falar estas palavras, a correspondente atitude tem que acompanhar. Se forem apenas palavras, nada adiantariam. E diga você estas palavras:

1. "EU TE PERDÔO".

Mt 6.12; 18. 21-22; 2Co 2.10; Ef 4.32
Estas palavras (e atitude) curam o ressentimento e amargura.
Pergunta para se fazer a si mesmo todos os dias: "Em que eu tenho ofendido ou defraudado? Pelo que eu sinto mal para com meu cônjuge?"

2. "EU TE ELOGIO".

Pr 31.28-31; 1Pe 3.7
Estas palavras curam a crítica e a acusação.
Pergunta para se fazer a si mesmo todos os dias: "O que meu cônjuge fez de bem hoje?"

3. "EU TE SIRVO".

Gl 5.13
Estas palavras curam o egoísmo e a omissão.
Pergunta para se fazer a si mesmo todos os dias: "Como eu posso ajudar meu cônjuge hoje?"

4. "EU TE AMO".

Gl 5.14; 2Co 4.5
Estas palavras curam a negligência.
Pergunta para se fazer a si mesmo todos os dias: "Como eu posso mostrar hoje o meu amor pelo meu cônjuge?"

Conclusão:

Se você falar todos os dias estas palavras para seu cônjuge, você terá um relacionamento conjugal que deixará os outros boquiabertos.

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Paz