segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Podemos alimentar E salvar o Planeta?


Abaixo eu deixo com vocês uma tradução minha DESSE TEXTO da edição de Dezembro da Scientific American. Ele trata de assuntos que eu considero muito importantes e vejo que são muito pouco discutidos (em especial no meio Cristão): Preservação ambiental em relação à produção de alimentos e controle de natalidade.

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Realmente gostaria de escrever alguma coisa a respeito dos assuntos tratados no texto aqui no blog, mas como sou nem sempre público os textos que prometo que vou publicar, deixo para os leitores comentarem. Se tudo der certo emitirei dentro de breve minhas próprias reflexões sobre o assunto.
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"Nós estamos exaurindo os recursos de nosso lar e casa. Recentemente, no número 24 da revista Nature Johan Rockström e seus colegas propuseram 10 "fronteiras planetárias" para definir limites seguros para a atividade humana. (Scientific American faz parte do grupo de publicações Nature). Esses limites incluíram metas na emissão de gases do efeito estufa, perda de biodiversidade, a conversão global do solo em terreno para agricultura e outros 'mega-impactos' nos ecossistemas da terra. Ainda assim, a humanidade já transpassou diversas dessas fronteiras e esta a caminho de exceder a maioria das outras. O aumento da demanda por alimentos tem um grande papel nessas transgressões.
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A revolução verde, que fez a produção de grãos aumentarem exponencialmente, deu a humanidade algum espaço para respirar, mas a continuidade do aumento populacional e a demanda pela produção de carne estão exaurindo esse excedente na produção de alimentos. O pai da revolução verde, Normal Borlaug, que faleceu em Setembro aos 98, levantou exatamente esse argumento em 1970 quando ele aceitou o premio Nobel da Paz: "Não pode haver qualquer progresso permanente na batalha contra a fome até que os agentes que lutam pelo aumento da produção de alimentos e aqueles que lutam pelo controle populacional se unam em um esforço comum".

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Este 'esforço comum' tem sido, na melhor das hipóteses, inconsistente e muitas vezes em essência não-existente. Desde 1970 a população aumentou de 3,7 bilhões para 6,9 bilhões e continua a aumentar numa taxa de cerca de 80 milhões/ano. A produção de alimento per-capita tem tido declínio em algumas grandes regiões, em especial na África subsaariana. Na Índia o fato de a população ter dobrado absorveu quase todo o aumento na produção de grãos. Por outro lado, a produção alimentícia é responsável por um terço de toda a liberação dos gases do efeito estufa para a atmosfera, quando se leva em consideração combustível fóssil utilizado por tratores e outras máquinas na produção, preparo e transporte do alimento; o dióxido de carbono liberado pelo desmatamento da área a ser cultivada e pasto. O metano proveniente de arrozais e criação de gado; e a liberação de óxido nítrico pelo uso de fertilizantes.

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Através do desmatamento florestal, a produção de alimentos também é responsável por grande parte da perda de biodiversidade no planeta. Fertilizantes químicos causam deposições massivas de nitrogênio e fósforo, que são responsáveis pela destruição de estuários em centenas de sistemas hidrográficos e ameaçam as condições de equilíbrio dinâmico na 'química' dos oceanos. Cerca de 70% da utilização mundial de água é dirigida a produção de alimentos, o que implica em depleção de lençóis freáticos e consumo ecologicamente destrutivo de água que se estende na Califórnia, na planície Indo-Gangética, na Ásia Central e no norte da China.

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Em resumo, a 'revolução verde' não negou os efeitos colaterais perigosos de uma população humana crescente, que estão fadados a aumentar à medida que a população mundial ira exceder 7 bilhões por volta de 2012, e previsões indicam que atingira 9 bilhões em 2046. O consumo de carne per capita também está aumentando. Carne bovina representa a maior ameaça, pois a criação de gado demanda até 16 Kg de ração para cada 1 Kg de carne consumida, além disso, eles emitem grandes quantidades de metano, e o fertilizante utilizado para o cultivo dos grãos utilizados como ração contribui muito para emissão de óxido nítrico.
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Produzir mais alimentos não é suficiente; O necessário simultaneamente estabilizar a população global e reduzir as conseqüências ecológicas da produção de alimentos - um desafio triplo. Uma redução rápida, voluntária na taxa de natalidade em países pobres, trazida por maior acesso ao planejamento familiar, menor taxa de morte infantil e educação sexual, poderia estabilizar a população em 8 bilhões em 2050.
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Auxilio financeiro a comunidades pobres com o intuito de resistir ao desflorestamento poderia salvar o habitat de muitas espécies. Plantio direto e outros métodos de plantio podem preservar o solo e a biodiversidade. Utilização mais eficiente de fertilizantes pode reduzir a liberação excessiva de nitrogênio e fósforo no ambiente. Um sistema de irrigação mais eficiente e variedades diferentes de sementes para plantio podem ser capazes de conservar água e reduzir outras pressões ecológicas. Ainda, uma dieta que contenha menos carne bovina poderia ajudar na conservação ambiental e ao mesmo tempo se provar mais saudável.
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Para a ocorrência de tais mudanças, serão necessários esforços tremendos tanto da iniciativa pública quanto privada e uma mobilização sem precedentes. Enquanto nos lembramos dos feitos de Borlaug, nós devemos redobrar nossos esforços em resposta aos seus avisos. A janela de oportunidade para que o desenvolvimento sustentável obtenha sussesso esta se fechando".

Paz de Cristo

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Isso é simplesmente dá hora!

1- Primeiro, uma histórinha breve que quero compartilhar com você sobre o genero de minhocas Osedax. Tive a oportunidade de ler acerca dessa gigantesca bizarrice da natureza tanto no site 'Wired Science' (AQUI), como no site da 'Science' (AQUI). (Tenho ainda que adimitir que estou chupinhando descaradamente este post DESSE BLOG)

Trata-se de um gênero espécies de minhoquinhas que vivem no fundo do oceano. Elas não tem boca nem anus e absorvem e excretam nutrientes a partir de uma simbiose com bactérias. Elas também vivem em colonias, geralmente como o macho diminuto vivendo dentro da fêmea! A coisa fica mais legal ainda, veja! Tudo que vive no fundo do oceano se alimenta de detritos (restos de animais marinhos e plankton que vão descendo para o fundo, coco peixe, essas coisas). Bem, as minhocas do genero Osedax se alimentam exclusivamente de ossos de baleias mortas!

Um estudo públicado recentemente na BMC Biology, analisou diversos genes na busca por esclarecer as relções filogenéticas dentro desse grupo. Os resultados foram bacanas, os pesquisadores descobriram, por exemplo que esse grupo existe a pelo menos 45 milhões de anos, mas os pesquisadores acreditam que ele possa ser ainda mais antigo e que essas minhóquinhas começaram a se diversificar no Cretáceo, comendo ossos de grandes répteis marinhos.

Bem... Eu achei a coisa toda fantastica! Deem uma olhada nos artigos

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2- Os tentilhões de Darwin continuam a contar histórias!Um casal de pesquisadores que está a decadas estudando os bichinhos conseguiram pegar um 'snapshot' do nascimento de uma nova espécie. VEJA AQUI! Em um artigo da PNAS (ESSE AQUI), os pesquisadores explicam essa história de especiação que, pelo que pude ver, envolve algumas gerações de isolamento reprodutivo e um novo padrão de canto. VEJA AQUI TAMBÉM.
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é isso aí... LEGAL né?

Paz de Cristo

terça-feira, 17 de novembro de 2009

150 anos de "A Origem das Espécies", uma celebração


Vai rolar aqui na USP uma série de palestras acerca da importância e influência da principal obra de Charles Darwin. Recomendo!

Para maiores informações deem uma olhada no site do IB-USP

Como não sou bom em fazer 'merchan' de nada, vou copiar o que está escrito no flyer (que achei provocante e com um 'exagero na medida certa'):

"A Origem das Espécies" de Charles Darwin não é apenas uma obra de importância científica. No decorrer do último século e meio, o livro tem tido um amplo impacto nas mais diversas esferas da sociedade moderna. Seu papel como marco paradigmático da civilização ocidental estende-se a todos os niveis de nossas vidas, seja cultural, social, político ou econômico. Na semana de seu aniversário de publicação, o instituto de Biocências, em parceria com o projeto VER CIÊNCIA, convida o público a participar de atividades que fornecerão uma visão mais abrangente do impacto da principal obra de Darwin. Nada mais justo que esta merecida celebração


O Instituto de Biociências da USP convida a todos para a comemoração dos: 150 anos de "A Origem das Espécies"
Data: 23 a 27 de novembro de 2009 das 17h30 às 19h no Anfiteatro Acadêmico da Administração do Instituto de Biociências da USP
Instituto de Biociências
Rua do Matão, trav. 14, nº 321, Cidade Universitária, São Paulo - SP, CEP: 05508-090

é isso aí

Paz de Cristo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Saiu!

1) Após uma amigavel troca de emails, fui convidado a escrever um 'guest post', no blog "An Evangelical Dialoge on Evolution", pelo organizador do Blog, Steve Martin.

VEJA O POST AQUI

O post saiu hoje e faz parte de uma série de posts intitulada: "Evangelicals and Evolution: A Student Perspective". Trata-se da história e breve testemunho de diversos estudantes Cristãos, seus desafios na área acadêmica, seus contatos com a ciência evolutiva e outras coisas. A série esta muito interessante e contem histórias bonitas de pesquisadores e estudantes, e sua caminhada na busca por compreender e se aprofundar na fé que professam juntamente com a ciência que estudam. Achei o post anterior ao meu, muito legal! Tanto que mereceu uma menção no blog Science and the Sacred (leia AQUI).

É isso aí! Entrem lá e comentem! Sugiro que acompanhem toda a série, para mim pelo menos tem sido uma benção e espero que seja para muita gente! Acho importante contar histórias de pessoas que enfrentam o confronto entre fé e ciência com muita fé e ciência e o superam.

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editado (3-11-09) O blog "
Science and Religion: A View from an Evolutionary Creationist/Theistic Evolutionist" públicou, também, um breve comentário sobre o post no Evangelical Dialogue: VEJA AQUI.

2) Deem também uma boa olhada no blog "O Observador Antrópico" do Alex Altorfer. Uma fonte muito interessante e - o mais legal - em português!

é isso aí
Paz de Cristo

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os Simpsons: episódio sobre Criacionismo




Acho que o episódio não está na integra. Mas é bem engraçado!!

Paz

sábado, 10 de outubro de 2009

Reflexões : Atrás do Monte Improvavel


Estavamos eu a Pequena e um amigo a caminho de um farto almoço no prédio da editora Abril para o qual haviamos sido convidados por um outro caro amigo. Na saida da USP, no meio do caminho, ví que haviam caido no chão alguns figos de uma figueira. Papo vai, papo vem acabei falando para o tal amigo, enquanto caminhavamos, acerca da intima relação que existem entre figueiras e as vespas que as polenizam. Em linhas gerais, figos que a gente come não são frutas, são flores – ou melhor, inflorescências. Os figos são polenizados quando vespas entram dentro deles (por aquele ‘buraquinho na bunda do figo’) e botam ali seus ovos. Os ovos mais tarde eclodem e logo, vespinhas com o corpo cheio de pólen estão voando por aí em busca de um novo figo para botar seus ovos (e de quebra fecundar algumas florzinhas de figo com o polén). Para cada espécie de figueira existe uma espécie respectiva de vespa.
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Meu amigo ficou com aquele olhar pensativo e, como resposta a minha breve (e incompleta) explicação, mandou a frase que resultou neste post: “Isso é muito de Deus”. Imediatamente luzes vermelhas se acenderam na minha cabeça, me veio o nó na garganta que só quem é verdadeiramente chato em relação a algum assunto sabe como se sente (aquela necessidade incontrolavel de fazer o seu ponto de vista se impor. É o que geralmente acontece com alguns Corinthianos quando contestam o campeonato mundial conquistado em 2000; com alguns fãs de metal progressivo quando alguem fala que o melhor album do Dream Theater é o Six Degrees of Inner Turbulence [e é mesmo]; ou quando duas pessoas começam a discutir acerca de assuntos como cotas, aborto ou heróis da Marvel). Enfim... O sangue me subiu a façe e eu estáva pronto e preparado para dar, ao meu amigo, uma detalhada explicação a respeito de todos os processos evolutivos que deram origem a essa estreita relação entre os figos e as vespas. Um processo incrivel de co-evolução a medida em que as flores das árvores ancestrais de figo se tornavam cada vez mais compactas e condensadas: primeiro como umbelas, depois como capitulos, depois com capitulos mais e mais fechadinhos até chegar no figo. E, simultaneamente as espécies de vespas se especializavam, mais e mais, em se reproduzir, se alimentar e de quebra polenizar, o figo. Ia ser moleza, uma vez que eu acabei de ler essa semana “Escalando o Monte Improvavel” e o Dawkins utiliza precisamente esse como o seu ultimo exemplo de como a evolução, a partir de seleção da variabilidade existente, proveniente de mutações genicas, pode produzir a complexidade tamanha que observamos na vida na terra.
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Já estava abrindo a boca para explicar para meu amigo, tin-tin por tin-tin toda a história. quando um pensamento me conteve. Repeti na minha cabeça a frase do meu colega: “Isso é muito de Deus”. Pausei um pouco para refletir. Ora, afinal de contas, ele estava certo! Eu pelo menos, como meu amigo, creio e estou pronto para testemunhar que há um Deus. Que esse Deus criou todo o nosso universo. Que Ele se relaciona com sua Criação, e que Se revelou a nós a partr de Jesus Cristo. E que esse Deus está intimamente relacionado com tudo que é figos e vespas nesse planetazinho. Essas coisas são, sem dúvida, “de Deus”.
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Então onde estáva o problema? Penso que ele estava implicito! Para o meu amigo, Deus estava atrás do monte improvavel (as complexas relações entre figos e vespas). E o fato de que para ele o monte improvavel parecia um “Monte impossivel” nos remeteria ao Deus Criador, cheio de cuidados e caprichos. Ele não via a suave escalada do lado detrás do monte improvavel. Precisamente a “trilha” que eu estava prestes a abrir a boca para explicar para ele que alí estava. Longe de ser um “monte impossivel”, tratava-se, no final das contas de um “monte extremamente possivel”. Atrás dele havia uma trilha suave, tranquila e pouco ingreme, que subia de forma gradativa até o topo.
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Acho que nunca havia sentido a tensão entre a ciência que eu estudo e a fé que professo de forma tão clara quanto ali, no caminho até o predio da editora Abril. O que, afinal de contas, estava atrás do “monte improvavel”? Deus, ou uma trilha?
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Dawkins deixa a resposta dele extremamente clara ao longo de cada um de seus livros: Existe uma trilha, sempre uma trilha para cada monte improvavel (os olhos dos vertebrados, o cérebro humano, o voô dos morcegos, o comportamento reprodutivo de aves e as teias de aranha. Cada um desses “montes” tem atrás de si uma escalada tranquila cheia de intermediarios e sem quaisquer passagens ingremes). Uma trilha, e nada mais.
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O meu amigo, por outro lado, vê os “montes” improvaveis como o prédio da Abril: grandes monumentos, jamais passiveis de serem erigidos pela martelação cega das próprias forças naturais. Atrás de cada um deles há Deus. E Deus está lá justamente porque não há trilha alguma.
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Discordo dos dois.
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Concordo com os dois: Concordo com Dawkins. É inegavel, há uma trilha atrás do monte improvável. A trilha pode ser mais ou menos ingreme, mas é sempre uma trilha que o jumentinho chamado “seleção natural” e cujas pernas tem a medida da “variabilidade genética da população” pode trilhar. Dentre os “montes improvaveis” que são os seres vivos e suas caracteristicas, nunca encontraram um que não contivesse uma trilha com uma encosta tão ingreme que os musculos do jumentinho não pudessem subir, nem um caminho por detras do monte com uma vala tão grande que as pernas do jumentinho fossem curtas para cruza-lo.
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Concordo também com meu amigo: “Isso é muito de Deus”. Não apenas concordo, como uso esse post para exaltar a singela sabedoria dessas palavras (esse meu amigo é um cara muito sabio. Do tipo que sem se ligar acaba ensinando toda sorte de coisa sobre a vida pra gente). A história das vespas e dos figos. A história de tudo que é inseto polenizando tudo que é flor, de tudo que é hymenoptera, de tudo que é planta. Não apenas o ciclo ecológico tão equilibrado e dinâmico, mas também a história própriamente dita, a história natural: o desenvolvimento gradual dessas mesmas relações ecológicas desde seu principio através de cada geração: “Isso é muito de Deus”.
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Voltamos a conversar mais tarde e meu amigo se lembrou das palavras do Chesterton, de que na verdade as tais regularidades e “leis da natureza” são causalidades tão incriveis e encantadora quanto aquelas dos contos de fada (a carruagem vira abobora a meia-noite, a princesa é desperatada apenas com o beijo do principe). E cada uma dessas regularidades se parece mais com mágica do que com leis cientificas áridas. Talvez a trilha atrás do monte possa parecer, a primeira vista, arida e vazia, mas para mim (e acho que meu amigo talvez fosse gostar desse modo de ver as coisas), ela se parece mais com uma estrada de tijolos dourados, cheia daquele maravilhamento de contos de fadas do qual a ciência é cheia, e não vazia.


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Paz de Cristo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Acho que cansei!

Se você acompanha esse blog e/ou me conhece talvez você ache que eu sou meio neurótico quando o assunto é evolução.
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Bem, nas ultimas semanas sofri uma overdose que teve fim ontem! Terminei de ler -quase simultaneamente, por coincidência - "Escalando o Monte Improvável" de Richard Dawkins; e terminei de ouvir "The Greatest Show on Earth", também do Dawkins, em audiobook (você já deve ter reparado que eu ouço muitos "audiobooks"! Só digo uma coisa: audioboks foram a solução para todos os meus problemas de transito!).
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Enfim... Estava ficando de saco cheio desse papo de evolução. E mais ainda da visão naturalista seca que Dawkins dá a coisa toda (mas falarei disso a seu devido tempo).
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Só que nos ultimos dias aconteceram coisas que fizeram reavivar meu gostinho pelo grande balé da matéria nesse universo emergindo naquilo que chamamos vida (sem dúvida um dos maiores shows que Deus imbuiu à sua Criação)
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1)O primeirio foi que eu fiquei sabendo que o filme "CREATION", que conta a vida e as tretas de Charles Darwin será lançado em breve. Parece uma bela duma produção e embora tenha encontrado dificuldades para ser lançado nos E.U.A. estou confiante que o filme aparece no Brasil mais cedo ou mais tarde. Aparentemente o filme mostra a repercussão da teoria de Darwin na sociedade inglesa do séc XVIII, além das próprias crises e conflitos espirituais do naturalista. Fique aí com o trailer, eu estou babando para ver!!
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2) A outra coisa é que temos dois "elos perdidos" a menos![1] Encontraram eles! No finzinho de setembro fiquei sabendo que encontraram na china um pequenino fossil de dinossauro com penas que resolve muitas das questões acerca da origem das aves de seus ancestrais diretos, os dinossauros terópodes. O Anchiornis huxleyi é um dinossaurozinho do inicio do Jurassico coberto de penas. O que eu achei mais bacana é que ele possuia penas com formato aerodinamico tanto nos membros anteriores quanto nos posteriores. O que pode nos dar uma dica bacana de como surgiu o voô nas aves. O Anchiornis huxleyi provavelmente usava suas penas para pular e planar de árvore em árvore nas florestas de 160 milhões de anos atrás. LEIA MAIS! AQUI e AQUI.



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E o outro, é o Ardipithecus ramidus, trata-se de mais um fóssil transicional na linhagem dos hominideos. Com mais ou menos 4,4 milhões de anos é o mais antigo até agora. O que eu achei um barato a respeito dele é que era um primata bipede, mas que, tudo indica, possuia uma excelente capacidade para subir em árvores. O escalador-de-árvores, bipede, peludo e de cabeça pequena (o cérebro dele era 1/3 do nosso), levanta algumas perguntas importantes sobre a evolução dos homínideos, mas eu não vou me atrever a escrever bobagens aqui não! Carl Zimmer escreveu um texto muito, muito legal sobre esse fóssil e eu recomendo muito para quem quiser mais informações AQUI. Deem uma olhada também em: I)O blog Cristianismo e Realidade públicou um post a respeito,II) o site da science.



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3)OK, eu começei esse post dizendo que estava cheio de evolução, mas gostaria de tecer ainda mais uma ou duas reflexões (que talvez poste nos próximos dias) que minhas leituras recentes fizeram florescer na minha cabeça. Espero que não sejam tanto sobre evolução, nem sobre ciência, nem sobre enjoadas e caducas "controvérsias". Mas sobre a vida, e como nós observamos a vida. Não vejo como alguém poderia se enjoar de falar sobre a vida e o perceber a vida, e acho que é esse um pouco do meu objetivo aqui. Mas o resto fica pra depois

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Paz de Cristo
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[1] -P.S Apesar da piadinha acerca de "elos perdidos", esse conceito é totalmente erroneo e não deveria ser utilizado. A idéia de que existem "elos-perdidos" únicos ligando uma espécie a outra é uma daquelas concepções erradas que faz tanta gente não entender direito o que é evolução. O que existem são fosseis transicionais -e em certo sentido, todos os fósseis são transicionais. Alguns no entanto revelam informações importantes acerca da história dos grupos de seres vivos na terra e sua história.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Verbo

(Um trechinho do devocional "Um Cientista Lê a Bíblia" escrito por John Polkinghorne)



"No inicio era o Verbo, e o Verbo estava voltado para Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava, no icicio, voltado para Deus. Tudo se fez por meio dele; e sem ele nada se fez do que foi feito. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória; glória essa que, Filho único cheio de graça e de verdade, ele tem da parte do Pai" (João 1, 1-4;14)



Estamos tão acostumados a escutar o famoso prólogo do Evangelho de João em serviços religiosos que, talvez, deixemos as expressões conhecidas fluirem sem atentarmos muito bem a elas. Vamos parar e refletir um minuto sobre uma delas: "O Verbo". Em português, esta é uma maneira um pouco estranha de falar, mas, no mundo antigo, teria feito sentido tanto para os gregos como para os hebreus.
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A palavra grega traduzida como "verbo", logos, tem um significado mais rico do que seu correspondente em português. Um de seus conceitos básicos é o da ordem, de forma que ela representa o padrão e a estrutura seguros do universo. Um cientista cheio de maravilhamento diante de uma das belas equações que descrevem este mundo matemático se rejubila no logos. Para a mente grega, "verbo", (ou "palavra") representa a harmonia do existir.
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Os hebreus pensavam diferente. Em sua lingua, os verbos têm o papel predominante; eram um povo que valorizava a ação e o movimento. O hebraico dabar traz esse sentido de atividade. É a palavra do Senhor que veio aos profetas em advertência e julgamento, a palavra do Senhor por meio da qual os céus foram feitos (Salmos 33:6). Na mente hebraica, "verbo" (ou "palavra") representava a atividade de Deus na Criação e na história.
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Estou certo de que João queria deliberadamente invocar esses dois significados na mente de seus primeiros leitores. Ele esta falando tanto da ordem divinamente ordenada do mundo como da atividade divina dentro dele. Aquele por meio do qual todas as coisas adquiriram existência é o Deus tando do ser como do vir-a-ser.
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Quando o famoso pensador do século IV, santo Agostinho, que fora muito influenciado pelas idéias de Platão e seus seguidores, leu o prólogo do Evangelho de João como parte de seu estudo do cristianismo, encontrou muitas coisas que já lhe eram conhecidas. Mas, então deparou-se com algo que o surpreendeu e para o qual Platão não o havia preparado: "o Verbo se fez carne e habitou entre nós".
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Aqui ele encontrou, e nós encontramos, a idéia essencial e notavel que está no centro do Cristianismo. Em nossa busca de entendimento, todos nós ansiamos por saber qual é a resposta final. Como é de fato a realidade mais profunda? Como é Deus? Estas parecem perguntas profundas demais para ser respondidas por nossa frágil mente humana. No entanto, Deus agiu no sentido de respondê-las para nós. Ele se fez conhecer da forma mais simples e acessível vivendo a vida dos homens em Jesus Cristo. Você quer saber como é de fato o Deus do ser e do vir-a-ser, Aquele que mantém a ordem do universo e cuja providência está em ação dentro da história dele? Se realmene quiser saber a resposta, olhe para Jesus Cristo, a forma viva e pessoal do Verbo de Deus.
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Paz de Cristo

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma boa Oração

"Deus Eterno, és a luz das mentes que te conhecem, a alegria dos corações que te amam e a força das vontades que te servem.
Concede-nos muito conhecer-te para sinceramente amar-te, e muito amar-te para sinceramente servir-te, a quem servir é liberdade perfeita"
(Agostinho de Hipona)



Paz de Cristo

Judgment Day: Inteligent Design on Trial

DocumentárioZÃO de 2 horas sobre o julgamento de Dover!

Muito, muito bacana!!



Paz de Cristo