segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os Simpsons: episódio sobre Criacionismo




Acho que o episódio não está na integra. Mas é bem engraçado!!

Paz

sábado, 10 de outubro de 2009

Reflexões : Atrás do Monte Improvavel


Estavamos eu a Pequena e um amigo a caminho de um farto almoço no prédio da editora Abril para o qual haviamos sido convidados por um outro caro amigo. Na saida da USP, no meio do caminho, ví que haviam caido no chão alguns figos de uma figueira. Papo vai, papo vem acabei falando para o tal amigo, enquanto caminhavamos, acerca da intima relação que existem entre figueiras e as vespas que as polenizam. Em linhas gerais, figos que a gente come não são frutas, são flores – ou melhor, inflorescências. Os figos são polenizados quando vespas entram dentro deles (por aquele ‘buraquinho na bunda do figo’) e botam ali seus ovos. Os ovos mais tarde eclodem e logo, vespinhas com o corpo cheio de pólen estão voando por aí em busca de um novo figo para botar seus ovos (e de quebra fecundar algumas florzinhas de figo com o polén). Para cada espécie de figueira existe uma espécie respectiva de vespa.
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Meu amigo ficou com aquele olhar pensativo e, como resposta a minha breve (e incompleta) explicação, mandou a frase que resultou neste post: “Isso é muito de Deus”. Imediatamente luzes vermelhas se acenderam na minha cabeça, me veio o nó na garganta que só quem é verdadeiramente chato em relação a algum assunto sabe como se sente (aquela necessidade incontrolavel de fazer o seu ponto de vista se impor. É o que geralmente acontece com alguns Corinthianos quando contestam o campeonato mundial conquistado em 2000; com alguns fãs de metal progressivo quando alguem fala que o melhor album do Dream Theater é o Six Degrees of Inner Turbulence [e é mesmo]; ou quando duas pessoas começam a discutir acerca de assuntos como cotas, aborto ou heróis da Marvel). Enfim... O sangue me subiu a façe e eu estáva pronto e preparado para dar, ao meu amigo, uma detalhada explicação a respeito de todos os processos evolutivos que deram origem a essa estreita relação entre os figos e as vespas. Um processo incrivel de co-evolução a medida em que as flores das árvores ancestrais de figo se tornavam cada vez mais compactas e condensadas: primeiro como umbelas, depois como capitulos, depois com capitulos mais e mais fechadinhos até chegar no figo. E, simultaneamente as espécies de vespas se especializavam, mais e mais, em se reproduzir, se alimentar e de quebra polenizar, o figo. Ia ser moleza, uma vez que eu acabei de ler essa semana “Escalando o Monte Improvavel” e o Dawkins utiliza precisamente esse como o seu ultimo exemplo de como a evolução, a partir de seleção da variabilidade existente, proveniente de mutações genicas, pode produzir a complexidade tamanha que observamos na vida na terra.
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Já estava abrindo a boca para explicar para meu amigo, tin-tin por tin-tin toda a história. quando um pensamento me conteve. Repeti na minha cabeça a frase do meu colega: “Isso é muito de Deus”. Pausei um pouco para refletir. Ora, afinal de contas, ele estava certo! Eu pelo menos, como meu amigo, creio e estou pronto para testemunhar que há um Deus. Que esse Deus criou todo o nosso universo. Que Ele se relaciona com sua Criação, e que Se revelou a nós a partr de Jesus Cristo. E que esse Deus está intimamente relacionado com tudo que é figos e vespas nesse planetazinho. Essas coisas são, sem dúvida, “de Deus”.
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Então onde estáva o problema? Penso que ele estava implicito! Para o meu amigo, Deus estava atrás do monte improvavel (as complexas relações entre figos e vespas). E o fato de que para ele o monte improvavel parecia um “Monte impossivel” nos remeteria ao Deus Criador, cheio de cuidados e caprichos. Ele não via a suave escalada do lado detrás do monte improvavel. Precisamente a “trilha” que eu estava prestes a abrir a boca para explicar para ele que alí estava. Longe de ser um “monte impossivel”, tratava-se, no final das contas de um “monte extremamente possivel”. Atrás dele havia uma trilha suave, tranquila e pouco ingreme, que subia de forma gradativa até o topo.
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Acho que nunca havia sentido a tensão entre a ciência que eu estudo e a fé que professo de forma tão clara quanto ali, no caminho até o predio da editora Abril. O que, afinal de contas, estava atrás do “monte improvavel”? Deus, ou uma trilha?
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Dawkins deixa a resposta dele extremamente clara ao longo de cada um de seus livros: Existe uma trilha, sempre uma trilha para cada monte improvavel (os olhos dos vertebrados, o cérebro humano, o voô dos morcegos, o comportamento reprodutivo de aves e as teias de aranha. Cada um desses “montes” tem atrás de si uma escalada tranquila cheia de intermediarios e sem quaisquer passagens ingremes). Uma trilha, e nada mais.
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O meu amigo, por outro lado, vê os “montes” improvaveis como o prédio da Abril: grandes monumentos, jamais passiveis de serem erigidos pela martelação cega das próprias forças naturais. Atrás de cada um deles há Deus. E Deus está lá justamente porque não há trilha alguma.
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Discordo dos dois.
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Concordo com os dois: Concordo com Dawkins. É inegavel, há uma trilha atrás do monte improvável. A trilha pode ser mais ou menos ingreme, mas é sempre uma trilha que o jumentinho chamado “seleção natural” e cujas pernas tem a medida da “variabilidade genética da população” pode trilhar. Dentre os “montes improvaveis” que são os seres vivos e suas caracteristicas, nunca encontraram um que não contivesse uma trilha com uma encosta tão ingreme que os musculos do jumentinho não pudessem subir, nem um caminho por detras do monte com uma vala tão grande que as pernas do jumentinho fossem curtas para cruza-lo.
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Concordo também com meu amigo: “Isso é muito de Deus”. Não apenas concordo, como uso esse post para exaltar a singela sabedoria dessas palavras (esse meu amigo é um cara muito sabio. Do tipo que sem se ligar acaba ensinando toda sorte de coisa sobre a vida pra gente). A história das vespas e dos figos. A história de tudo que é inseto polenizando tudo que é flor, de tudo que é hymenoptera, de tudo que é planta. Não apenas o ciclo ecológico tão equilibrado e dinâmico, mas também a história própriamente dita, a história natural: o desenvolvimento gradual dessas mesmas relações ecológicas desde seu principio através de cada geração: “Isso é muito de Deus”.
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Voltamos a conversar mais tarde e meu amigo se lembrou das palavras do Chesterton, de que na verdade as tais regularidades e “leis da natureza” são causalidades tão incriveis e encantadora quanto aquelas dos contos de fada (a carruagem vira abobora a meia-noite, a princesa é desperatada apenas com o beijo do principe). E cada uma dessas regularidades se parece mais com mágica do que com leis cientificas áridas. Talvez a trilha atrás do monte possa parecer, a primeira vista, arida e vazia, mas para mim (e acho que meu amigo talvez fosse gostar desse modo de ver as coisas), ela se parece mais com uma estrada de tijolos dourados, cheia daquele maravilhamento de contos de fadas do qual a ciência é cheia, e não vazia.


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Paz de Cristo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Acho que cansei!

Se você acompanha esse blog e/ou me conhece talvez você ache que eu sou meio neurótico quando o assunto é evolução.
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Bem, nas ultimas semanas sofri uma overdose que teve fim ontem! Terminei de ler -quase simultaneamente, por coincidência - "Escalando o Monte Improvável" de Richard Dawkins; e terminei de ouvir "The Greatest Show on Earth", também do Dawkins, em audiobook (você já deve ter reparado que eu ouço muitos "audiobooks"! Só digo uma coisa: audioboks foram a solução para todos os meus problemas de transito!).
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Enfim... Estava ficando de saco cheio desse papo de evolução. E mais ainda da visão naturalista seca que Dawkins dá a coisa toda (mas falarei disso a seu devido tempo).
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Só que nos ultimos dias aconteceram coisas que fizeram reavivar meu gostinho pelo grande balé da matéria nesse universo emergindo naquilo que chamamos vida (sem dúvida um dos maiores shows que Deus imbuiu à sua Criação)
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1)O primeirio foi que eu fiquei sabendo que o filme "CREATION", que conta a vida e as tretas de Charles Darwin será lançado em breve. Parece uma bela duma produção e embora tenha encontrado dificuldades para ser lançado nos E.U.A. estou confiante que o filme aparece no Brasil mais cedo ou mais tarde. Aparentemente o filme mostra a repercussão da teoria de Darwin na sociedade inglesa do séc XVIII, além das próprias crises e conflitos espirituais do naturalista. Fique aí com o trailer, eu estou babando para ver!!
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2) A outra coisa é que temos dois "elos perdidos" a menos![1] Encontraram eles! No finzinho de setembro fiquei sabendo que encontraram na china um pequenino fossil de dinossauro com penas que resolve muitas das questões acerca da origem das aves de seus ancestrais diretos, os dinossauros terópodes. O Anchiornis huxleyi é um dinossaurozinho do inicio do Jurassico coberto de penas. O que eu achei mais bacana é que ele possuia penas com formato aerodinamico tanto nos membros anteriores quanto nos posteriores. O que pode nos dar uma dica bacana de como surgiu o voô nas aves. O Anchiornis huxleyi provavelmente usava suas penas para pular e planar de árvore em árvore nas florestas de 160 milhões de anos atrás. LEIA MAIS! AQUI e AQUI.



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E o outro, é o Ardipithecus ramidus, trata-se de mais um fóssil transicional na linhagem dos hominideos. Com mais ou menos 4,4 milhões de anos é o mais antigo até agora. O que eu achei um barato a respeito dele é que era um primata bipede, mas que, tudo indica, possuia uma excelente capacidade para subir em árvores. O escalador-de-árvores, bipede, peludo e de cabeça pequena (o cérebro dele era 1/3 do nosso), levanta algumas perguntas importantes sobre a evolução dos homínideos, mas eu não vou me atrever a escrever bobagens aqui não! Carl Zimmer escreveu um texto muito, muito legal sobre esse fóssil e eu recomendo muito para quem quiser mais informações AQUI. Deem uma olhada também em: I)O blog Cristianismo e Realidade públicou um post a respeito,II) o site da science.



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3)OK, eu começei esse post dizendo que estava cheio de evolução, mas gostaria de tecer ainda mais uma ou duas reflexões (que talvez poste nos próximos dias) que minhas leituras recentes fizeram florescer na minha cabeça. Espero que não sejam tanto sobre evolução, nem sobre ciência, nem sobre enjoadas e caducas "controvérsias". Mas sobre a vida, e como nós observamos a vida. Não vejo como alguém poderia se enjoar de falar sobre a vida e o perceber a vida, e acho que é esse um pouco do meu objetivo aqui. Mas o resto fica pra depois

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Paz de Cristo
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[1] -P.S Apesar da piadinha acerca de "elos perdidos", esse conceito é totalmente erroneo e não deveria ser utilizado. A idéia de que existem "elos-perdidos" únicos ligando uma espécie a outra é uma daquelas concepções erradas que faz tanta gente não entender direito o que é evolução. O que existem são fosseis transicionais -e em certo sentido, todos os fósseis são transicionais. Alguns no entanto revelam informações importantes acerca da história dos grupos de seres vivos na terra e sua história.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Verbo

(Um trechinho do devocional "Um Cientista Lê a Bíblia" escrito por John Polkinghorne)



"No inicio era o Verbo, e o Verbo estava voltado para Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava, no icicio, voltado para Deus. Tudo se fez por meio dele; e sem ele nada se fez do que foi feito. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória; glória essa que, Filho único cheio de graça e de verdade, ele tem da parte do Pai" (João 1, 1-4;14)



Estamos tão acostumados a escutar o famoso prólogo do Evangelho de João em serviços religiosos que, talvez, deixemos as expressões conhecidas fluirem sem atentarmos muito bem a elas. Vamos parar e refletir um minuto sobre uma delas: "O Verbo". Em português, esta é uma maneira um pouco estranha de falar, mas, no mundo antigo, teria feito sentido tanto para os gregos como para os hebreus.
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A palavra grega traduzida como "verbo", logos, tem um significado mais rico do que seu correspondente em português. Um de seus conceitos básicos é o da ordem, de forma que ela representa o padrão e a estrutura seguros do universo. Um cientista cheio de maravilhamento diante de uma das belas equações que descrevem este mundo matemático se rejubila no logos. Para a mente grega, "verbo", (ou "palavra") representa a harmonia do existir.
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Os hebreus pensavam diferente. Em sua lingua, os verbos têm o papel predominante; eram um povo que valorizava a ação e o movimento. O hebraico dabar traz esse sentido de atividade. É a palavra do Senhor que veio aos profetas em advertência e julgamento, a palavra do Senhor por meio da qual os céus foram feitos (Salmos 33:6). Na mente hebraica, "verbo" (ou "palavra") representava a atividade de Deus na Criação e na história.
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Estou certo de que João queria deliberadamente invocar esses dois significados na mente de seus primeiros leitores. Ele esta falando tanto da ordem divinamente ordenada do mundo como da atividade divina dentro dele. Aquele por meio do qual todas as coisas adquiriram existência é o Deus tando do ser como do vir-a-ser.
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Quando o famoso pensador do século IV, santo Agostinho, que fora muito influenciado pelas idéias de Platão e seus seguidores, leu o prólogo do Evangelho de João como parte de seu estudo do cristianismo, encontrou muitas coisas que já lhe eram conhecidas. Mas, então deparou-se com algo que o surpreendeu e para o qual Platão não o havia preparado: "o Verbo se fez carne e habitou entre nós".
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Aqui ele encontrou, e nós encontramos, a idéia essencial e notavel que está no centro do Cristianismo. Em nossa busca de entendimento, todos nós ansiamos por saber qual é a resposta final. Como é de fato a realidade mais profunda? Como é Deus? Estas parecem perguntas profundas demais para ser respondidas por nossa frágil mente humana. No entanto, Deus agiu no sentido de respondê-las para nós. Ele se fez conhecer da forma mais simples e acessível vivendo a vida dos homens em Jesus Cristo. Você quer saber como é de fato o Deus do ser e do vir-a-ser, Aquele que mantém a ordem do universo e cuja providência está em ação dentro da história dele? Se realmene quiser saber a resposta, olhe para Jesus Cristo, a forma viva e pessoal do Verbo de Deus.
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Paz de Cristo

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma boa Oração

"Deus Eterno, és a luz das mentes que te conhecem, a alegria dos corações que te amam e a força das vontades que te servem.
Concede-nos muito conhecer-te para sinceramente amar-te, e muito amar-te para sinceramente servir-te, a quem servir é liberdade perfeita"
(Agostinho de Hipona)



Paz de Cristo

Judgment Day: Inteligent Design on Trial

DocumentárioZÃO de 2 horas sobre o julgamento de Dover!

Muito, muito bacana!!



Paz de Cristo

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

II Encontro de Reflexão Sobre Miseria e Desigualdade


Já tive a oportunidade de ouvir tanto o Jung Mo Sung quanto o Milton Schwantes e acho que esse pode ser um programa muito bacana.

Paz de Cristo

sábado, 12 de setembro de 2009

A ciência é uma opinião?

Faz algumas semanas tive uma discussão com um colega uspiano a respeito do valor da ciência. Segundo ele o desenvolvimento e andamento da ciência não dependia dos dados e informações conseguidas do mundo natural através de observação e experimentação, tanto quanto dependia da lábia e argumentação dos pesquisadores (com ou sem os tais dados). Para esse meu colega, o fato de que o conhecimento cientifico não é, nunca absoluto e que teorias hoje vigentes, amanha serão descartadas corrobora a idéia de que a ciência é, meramente, uma opinião sobre o funcionamento do mundo natural, tão boa quanto qualquer outra.
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Bem verdade, o conhecimento cientifico não é absoluto. O que hoje é consenso no meio cientifico, amanha pode muito bem ser descartado e/ou jogado no lixo. Também é verdade que, por mais que o cientista queira, ele não pode se desvencilhar totalmente da sua pesquisa. De um jeito ou de outro suas opiniões semrpe acabam aparecendo nas entrelinhas dos artigos que ele publica e palestras que apresenta. Tudo isso é verdade sim.
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Agora, eu particularmente acho muito esquizita essa história de a ciência ser só uma opinião que depende da lábia do pesquisador mais do que dos dados. 100% dos pesquisadores que eu conheço se dedicam muito mais a observação e experimentação da natureza do que em ter aulas de oratória e retórica! Se a ciência depende da coerencia do argumento e não da observação da natureza, isso não faria daquelas pobres almas que passam dia e noite nos labroratório sem contato com o mundo exterior, fazendo PCR, cultura de células, eletroforeses e etc, meio idiotas? Eles não deveriam estar aprendendo dialetica retórica e oratória? Pra que perder tanto tempo tentando padronizar uma metodologia, pipetando de forma repetitiva, vã e desesperadora para estimar a atividade de alguma enzima ou outra? O próprio fato de que naturalistas raramente são socialmente -habeis e são estereotipados como sociopatas, antisociais sem o menor tato em ocasiões sociais deveria dar uma pista de que a capacidade argumentativa é secundaria em relação a experimentação e observação.
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Pode até parecer coerente para o pessoal “de humanas”, mas quem trabalha “na bancada” sabe muito bem: aí tem coisa! (não quero ofender o pessoal “de humanas”, muito pelo contrário! Quem me conhece melhor sabe o quanto eu invejo vocês e o quanto não me dou bem com o trabalho “na bancada”. Sou um grande inimigo da bitolação que róla em alguns cursos e a falta de dialogo com pessoas que pensam diferente, por isso quando falo do “pessoal de humanas”, não falo pejorativamente. Repito que invejo vocês e aprendo constantemente e muito com o jeito “humanas” de pensar).
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Particularmente, eu não entro em aviões que voam a mais de 10.000m de altitude, não me submeto a cirurgias cardiacas, não tomo drogas com efeitos colaterais potencialmente graves, baseado em meras opiniões! Se a ciência é baseada em retória e boa argumentação e não é um jeito de explicar como a natureza funciona, então um camarada tem que ser MUITO corajoso antes de tomar antibioticos, embarcar em um avião, automovel ou mesmo elevador! Alguem poderia me acusar de ter “muita fé” na metodologia cientifica, mas é ironico que são as pessoas que duvidam, duvidam e duvidam do metodo cientifico que parecem agir por fé!
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A ciência se baseia sim, em primeiro lugar em observação e experimentação. Ela não é absoluta, mas ela tem um valor maior do que uma opinião!
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Exemplo: tenho um tio que não acredita que cigarros causam cancer! Ele cita, de novo e de novo o exemplo de uma tia-avó distante que fumava, por dia, 3 maços de Malboro vermelho sem filtro, e morreu, aos 86 anos atropelada por um caminhão de lixo. Ele, a seguir, contrapõe esse exemplo ao de um outro parente distante que só comia comida macróbiotica, era celibatário e nunca ingeriu uma gota de álcool e nunca pos um cigarro na boca. E morreu aos 32 de cancer fulminante nos pulmões!
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Tais exemplos são interessantes (e meio bizarros). No entanto, estatisticamente, tratam-se de pontos fora da reta! A partir da metodologia cientifica posso virar para o meu tio e dizer que ele esta ERRADO! Não se trata de que ele tem uma opinião e eu outra e que ambas são igualmente válidas. Estudos feitos com as substancias quimicas liberadas pelo cigarro, analise estatistica da ocorrencia de cancer em fumantes, e muitos outros estudos mostram claramente que ele esta errado. O poder da ciência consiste justamente em dizer coisas a respeito do mundo natural! Talvez amanha a historia toda mude e a gente descubra que não são as substancias contidas no cigarro que causam cancer, que talvez a coisa toda seja bem diferente - o conhecimento cientifico não é absoluto nem dogmatico... nem um pouquinho - ainda assim, a relação entre o tabagismo e o cancer vai pedir por uma explicação. Particularmente, creio que o universo é Criação de um Deus bom e perfeito e nessa condição apresenta regularidades e ordem em um nível que nós humanos podemos perceber e descobrir. Nesse sentido, a ciência é uma benção de Deus e pode – como de fato ela faz – nos levar a um melhor entendimento acerca do mundo natural, a despeito de suas limitações (e existem montes de limitações). Não se trata, em primeiro lugar, de uma opinião que toma emprestado observações do mundo natural, mas uma metodologia que tenta explicar o mundo natural.
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OK! Então por que teorias estão sempre sendo revisadas, alteradas, por que o que era valido até ontem, hoje está errado? Se a ciência se baseia, em primeiro lugar, no mundo natural, e o mundo natural não se altera, então por que a ciência esta sempre se alterando? Ótima pergunta! Foi exatamente a pergunta que meu colega me fez na fila do bandejão. Infelizmente essa história de perceber regularidades no mundo em que vivemos não é assim tão fácil, e ao longo dos anos nós, apesar de sermos muito bons nisso, viemos trombando com sérias dificuldades. Por isso, na medida em que aprendemos mais a respeito do mundo temos, constantemente que rever aquilo que já sabemos. Se alguém for depender apenas de seu senso comum, vai achar, a principio, a idéia de que a terra é plana bastante sensata. Observações mais detalhadas e essa mesma pessoa chegara a conclusão de que a terra tem uma curvatura. Mais tecnologia, satelites e aparelhos de medida e essa pessoa vai descobrir que a terra tem um formato eliptico.
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É assim que a ciência avança, não sem seus entraves, mas sempre partindo da observação e experimentação e não de opiniões prévias, gostos e desgostos. Eu já falei a cima que os gostos, desgostos e opiniões do pesquisador acabam fazendo a diferença. Não há como se livrar deles. Em temas controversos é comum que as opiniões se dividam e as “provas” não sejam conclusivas. Nesses casos a tendencia é que cada um puxe a sardinha para o seu lado. Em outras partes no entanto, as provas são, de fato conclusivas. Consensos cientificos não são conseguidos com retórica e argumentação, mas com observação e experimentação e é assim, em ultima analise que tretas cientificas são solucionadas, e é também por isso que, embora a empreitada de fato avance, ela esta constantemente sendo alterada, revista e corrigida.
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Prevejo um ou outro comentário a esse post, falando –e com razão- acerca das limitações da metodologia cientifica. Eu e o Silas (do intelecto voador, não o Silas do Disturbios Sociais) volta e meia falamos sobre isso e, da mesma forma que o Silas, esse amigo com o qual eu discuti acerca da metodologia cientifica, também tem formação em psicologia. Eu posso apenas imaginar (sópra citar m exemplo), o tamanho das tretas que surgem quando se tenta, cientificamente, transformar a própria mente humana em objeto! Nesse caso as limitações são claras e eu não vou defender a metodologia cientifica como todo-poderosa frente a essas –e muitas, muitas outras - limitações, ela não é. No entanto, para explicações acerca do mundo natural, orbita dos planetas, fisiologia digestiva de insetos, ontogenia, reações de combustão, a charge é bem clara: "Science: It works bitches". Minha opinião particular é bem menos ofensiva e tem muito a ver com minha visão de mundo: "Ciência: funciona, graças a Deus".
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Paz de Cristo

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

E você, já está perdendo o sono?

Desculpe caro leitor! Não gosto de provocações on-line, muito menos acerca de futebol, mas ontem no supermercado tive a oportunidade de ouvir uma conversa que eu resolvi comentar. Não levem o comentário mais a sério do que o que seria sensato - o que meio que quer dizer: não levem o comentário a sério.

Aconteceu em um supermercado na Praça Panamericana. Eu estava comprando alguns mantimentos que mamãe havia pedido, e não pude deixar de ouvir o dialogo entre um senhor levando um carrinho de compras e o atendente que ficava atráso do balcão de frios. O senhor estava falando em um tom bem alto:

" - Onde já se viu! Ganharam três jogos e já estão chamando a gente de freguês! Já se esqueceram que ficaram sete [sic] anos sem ganhar da gente!"
" - É verdade!"- o atendente educado apenas concordava com tudo que o senhor com o carrinho de compras falava.
" - Mas eles vão ver!" - continuou o senhor - "Ah sim! No dia 27 eles vão ver o que é bom!"

Fiquei intrigado ao ouvir a conversa! Que história era essa de dia 27? Cheguei em casa e fiz uma busca no google que confirmou minhas suspeitas: "DOM, 27/09/2009 - "brasileirão 2009 - 26ª rodada 16h:00 São Paulo x Corinthians".

Não quero contar vantagem, e nem tecer comentários sobre o classico que vai acontecer daqui a umas 4 rodadas (!!). Muito pelo contrário, acho que o São Paulo, em melhor fase e com chances maiores ao titulo, tenha um certo favoritismo em relação ao Corinthians. O que me impressionou foi a antecipação e ansiedade nos olhos daquele moço. "Eles vão ver, no dia 27!" foi o que ele disse e seus olhos brilharam. fiquei imaginando quantos torcedores já não tem marcados em suas respectivas agendinhas a data o confronto dos respectivos times com o Sport Clube Corinthians Paulista. E o pensamento me faz sorrir ironicamente diante do sono perdido e unhas roidas por causa do time que eles mesmo insistem em denegrir.

Para não faltar com a verdade, confesso que espero com uma exaltação um pouco maior por alguns confrontos do Timão. Em especial Gremio, Flamengo e Palmeiras, times que venceram o Corinthians no primeiro turno do brasileirão (não que eu faça a menor idéia do dia e/ou rodada que tais confrontos irão acontecer)... Ah sim, e também já marquei no calendário o dia 27 de setembro!

Vai Corinthians

Fiquem na Paz

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Filminho Parte 2: Alister Mcgrath


Alister McGrath fala sobre ateísmo, ciência e a fé Cristã que ele descobriu
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Paz de Cristo