quinta-feira, 21 de maio de 2009

O trabalho dos Criacionistas está ficando mais arduo?

Já não é de hoje que a respostas Criacionistas para a evidente transicionalidade do registro fóssil deixam a desejar.

Ultimamente, no entanto, acompanhando a coisa toda por cima, o trabalho deles, que já era hercúleo agora esta se expandindo exponencialmente. É dificil ficarmos um mês sem ouvir de alguma descoberta de fossil transicional ou outro achado paleontologico e arquelologico.

O exemplo preferido dos Criacionistas para mostrar as "maluquices" nas interpretações evolucionistas no registro fossil, os Cetáceos, há muito já não prestam para esse fim. Desde que encontraram os fosseis transicionais que os evolucionistas previram que deveriam existir esse argumento foi curiosamente silenciado.

O argumento de que a continuidade no registro fóssil é insuficiente para mostrar um processo evolutivo, esse continua firme e forte! Exceto, é claro, se você for verificar as evidências. Aí o argumento caí por terra.

Mas isso aí não é noticia fresca (os links mesmo já estão espalhados aqui pelo site há algum tempinho). No entanto, três acontecimentos nos últimos dois meses, dos quais fiquei sabendo só por coincidência, me mostraram esse aumento exponencial nas firulas que os Criacionistas terão de realizar para explicar as avassaladoras evidências contrárias as hipoteses por eles sustentadas.

O primeiro foi o fossil transicional, denominado, Puijila darwini, um ancestral das focas modernas.

O segundo foi a descoberta que o Homo florensis, muito provavelmente não era um ser humano com nanismo e/ou microcefalia, mas sim um membro relativamente distante e primitivo da "árvore genealogica" dos hominideos. Isso foi importante para mim por causa do dialogo que tive com a ABU há alguns meses (putz... acabei não terminando de postar o dialogo né... Bem, esperem pelo resto dele). [vejam AQUI e AQUI as primeiras 2 partes do dialogo]

Um dos argumentos que foram utilizados para evidenciar o quão inconclusivas e faliveis são as hipoteses levantadas pela teoria evolutiva, foi justamente o alarde causado alguns anos atrás pelo surgimento do Homo florensis como um novo membro do genero dos hominideos e portanto biologicamente aproximado do ser humano. Tal alarde foi fortemente refreado quando surgiram evidências de que poderia se tratar de um ser humano comum com microcefalia e/ ou nanismo. Bem, a ciência fez o que ela faz de melhor: analisar todas as evidências e criticar pesadamente e sem dó todas as hipoteses (nada de errado com isso, muito, muito pelo contrário). E, tudo indica que o Homo florensis não foi um camarada com nanismo, foi algum outro hominideo.


Vamos terminar com a cereja no bolo: Darwinius masillae. (veja aqui o SITE Oficial com filminhos bacanas) A midia esta fazendo um furor com essa história de "elo perdido". Tecnicamente, todo, ou quase todo fossil encontrado pode ser classificado como um "elo" na grande árvore da vida. Além disso muitos esperariam que a pobre Darwinus fosse alguma coisa definitiva e final, uma versão fossilizada do capitão caverna com um registro genealógico completo no bolso. Essa é a noção que se tem de "elo perdido" e isso não existe. O que definitivamente existe é uma cadeia grande e inequivoca de fosseis transicionais, um conjunto que conta, com detalhes impressionantes, uma história. A história da vida, a história da Criação, e, no caso da Darwinus, um pouco da nossa história. (mais um link).

É bom lembrar que ainda há MUITO a se pesquisar, como tudo em ciência, simplesmente não vai rolar uma aceitação sistemática imediata e unanime. Antes, como no caso do Homo florensis, vão haver pesquisas e quem sabe algumas controversias (uma lida nesse artigo da science pode nos mostrar como a comunidade cientifica reagiu a descoberta. Elwyn Simons da Duke University na Carolina do Norte disse que é um "espécieme extraordinario e completo, mas que não nos diz muito que já não sabiamos". O que contrasta bastante com o entusiasmo de Attenborough).

Vamos esperar e ver. Muito provavelmente, no mês que vem teremos mais alguns estudos, descobertas, algumas perguntas respondidas, e muitas mais perguntas para fazer. E no seguinte também, e no seguinte, e no seguinte etc.

Com tudo isso, ainda assim acho dificil ver o "ácido universal" da ciência evolucionista corroendo o cerne de todo o pensamento Cristão e desfazendo as Escrituras e reduzindo a própria natureza humana a um mero fenomeno fisico (veja AQUI um ensaio da John Templeton Fundation para ver que pelo menos alguns cientistas concordam comigo). Antes vejo uma história que faz jus a grandeza e maravilha da Criação de Deus e, aliada as Escrituras nos revela um pouco do nosso lugar aqui nesse pequeno planeta. São as Escrituras, e não os fosseis ,que nos dão a Paz e Esperança. Pra quem fuça nos links na coluna direita do blog, lá podem encontrar o link para dois blogs maneiros: An Evangelical Dialogue on Evolution (recomendo muito os e-books). E Quintessence of Dust. Que se propõe a aprofundar e abrir espaço para que haja dialogo entre fé Cristã e Ciência. Infelizmente, não encontrei (nem eu e nem o Google) sites em lingua portuguesa que se propusessem a abrir um dialogo sobre o tema de forma profunda.

é isso ai amiguinh@s
Amo vocês

Fiquem na Paz de Cristo

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Update 22/05/09 23hs 14min:

O Blog do BioLogos também dedicou um post ao Darwinius masillae. O post aponta para o erro inerente no termo "elo perdido", e diz que o fossil não parece ser um ancestral direto de linhagem humana, mas um "primo distante". Veja AQUI.

"Mesmo que apenas de maneira periférica, o novo fóssil oferece um pouco de informação a respeito de nossos ancestrais. Mesmo não sendo uma revolução à nossa compreensão a cerca dos processos evolutivos, o fóssil é mais uma evidência nos mostrando esses mesmos processos"

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Mais um update 29/05/09 18hs43 min

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Matéria da science criticando o furor da midiaem buscar manchetes sensacionalista com relação ao fossil do Darwinus marsilae. Veja AQUI

Paz

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